A saúde pública é sempre um tema que provoca muita discussão, divide opiniões e mexe especialmente com a vida daqueles que necessitam do Sistema Único de Saúde (SUS). Em uma série de reportagens produzidas pelo Mapele News, a nossa equipe levantou dados e informações acerca de como anda a evolução do atendimento nas principais unidades de saúde do município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Em uma primeira parada, a reportagem visitou as dependências do Hospital Municipal (HMSF) e acompanhou de perto o trabalho desenvolvido pelo setor de qualidade, a fim de identificar como a unidade está sendo avaliada.
Uma pesquisa de controle interno, realizada através de um questionário, mostra que a grande maioria dos pacientes que se dispuseram a avaliar aspectos como: atendimento médico, nutrição, serviço social, recepção, serviço de limpeza, segurança e exames, entre outros, marcou a alternativa que corresponde aos quesitos “ótimo ou bom”.
Dos 234 pacientes ouvidos durante internamento, mais de 200 responderam “ótimo ou bom” para todas as modalidades avaliadas, enquanto os demais optaram pela resposta “regular” e nenhum pela alternativa “ruim”.
Em entrevista ao Mapele News, a coordenadora das recepções, Eliene Ribeiro explicou que o número de reclamações contra o hospital tem diminuído gradativamente e que a tendência do desempenho no atendimento é de melhorar cada vez mais. Mesmo assim, quando surgem reclamações, quase sempre são por questões relacionadas a falta de paciência do paciente que não está em estado considerado grave em aguardar a sua vez para ser atendido.
Também de acordo com ela, desde que foi implantado o sistema de classificação de risco as pessoas que chegam com problemas mais agravados são priorizados, assim como gestantes e idosos, que por lei também têm direito a prioridade. Segundo Eliene, isso as vezes gera algum incômodo para os outros pacientes, mas com o trabalho de humanização, os conflitos passaram a ser mais facilmente resolvidos.
“O pessoal chega e a gente não demora para triar, só que existe um fluxo muito grande e tem o tempo de espera e algumas pessoas não querem esperar. As vezes chegam as fichas amarelas, que são as prioridades, os idosos e as gestantes que a gente intercala. Mas, nós fazemos um trabalho de acolhimento e orientação até que todos compreendam que a nossa demanda é realmente muito grande e que os esforços para manter a qualidade no atendimento são incessantes”, declarou a coordenadora.
Conforme relatado por Eliene, ao longo dos últimos 3 anos a unidade hospitalar, especialmente a maternidade do HMSF se tornou referência em atendimento em toda a RMS e isso faz com que a demanda de procura fique ainda maior.
“Estamos hoje com uma média de 850 atendimentos diários e isso só comprova que o atendimento no hospital tem qualidade, porque inclusive recebemos todos os dias pacientes de outras cidades da Região Metropolitana como Camaçari, Candeias e Dias D’Ávila, que preferem se deslocar para serem atendidos com a gente. O nosso hospital hoje é referência na região e nós não recusamos atendimento”, completou.
Atualmente, somente as recepções das emergências adulto, pediátrica e da maternidade somam uma equipe de 22 profissionais. O Hospital Municipal é administrado pela Associação de Proteção a Maternidade e a Infância de Castro Alves (APMI), sob a direção geral do Dr. Humberto Cal.
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