Panama Papers: Messi mantém empresa em paraíso fiscal


Offshores são empresas criadas em paraísos fiscais. A lista das empresas abertas pela Mossack Fonseca no Panamá foi revelada neste domingo (3) pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos.

Os documentos fazem parte da investigação “Panama Papers” e revelam que alguns dos maiores jogadores de futebol do passado e do presente movimentaram dinheiro no submundo da economia global.

Segundo refere o Estado de S. Paulo, cerca de 20 jogadores em atividade e aposentados, incluindo o argentino Lionel Messi e o francês Michel Platini, se utilizaram de offshores, até então desconhecidas.

O argentino Messi é estrela do Barcelona e já foi indiciado na Espanha sob acusações de que ele e seu pai, Jorge Horacio Messi, usaram companhias offshore em Belize e no Uruguai para sonegar do governo milhões de dólares em impostos. Os documentos vazados indicam que Messi e seu pai são proprietários ainda de outra companhia offshore no Panamá, a Mega Star Enterprises.

A reportagem destaca que a primeira referência à companhia nos arquivos da Mossack Fonseca foi em 13 de junho de 2013, um dia depois de promotores espanhóis terem entrado pela primeira vez com acusações de fraude fiscal contra Messi e seu pai.

Por meio de seu pai, Messi se negou a falar sobre o assunto.

O ex-craque francês Platini, figura importante no escândalo de corrupção da FIFA revelado em 2015, confiou na Mossack Fonseca para ajudá-lo a administrar uma companhia offshore criada no Panamá em 2007, o mesmo ano em que foi nomeado presidente da UEFA, a associação europeia de futebol.

Ainda de acordo com a reportagem, Platini recebeu poderes ilimitados como procurador da Balney Enterprises Corp., que ainda estava ativa nos negócios em março de 2016, segundo os registros comerciais do Panamá.

O ex-atleta e antigo membro do comitê executivo da FIFA já havia sido banido do esporte por seis anos por causa de um questionável pagamento de US$ 2 milhões recebido por ele da FIFA em 2011.

A defesa de Platini afirma que seu cliente é cidadão suíço e lembrou que todas as suas “contas bancárias, investimentos ou ativos são de conhecimento das autoridades suíças”. Informações do Notícias ao Minuto.