Pacientes voltam a denunciar falta de material para curativos em posto de saúde no distrito de Mapele; “Falta gaze há 15 dias”


A comunidade de Mapele, na zona rural do município de Simões Filho está revoltada com a situação da falta de medicamentos e material hospitalar na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro.


Em contato com a reportagem do Mapele News, na manhã desta quinta-feira (05), um morador fez um desabafo indignado, por causa das circunstâncias as quais está sendo submetido.

“Não estamos mais aguentando isso. 15 dias sem poder fazer um curativo por falta de material, sem gaze. Isso é um absurdo, isso nunca aconteceu. O prefeito Dinha prometeu a mudança, mas até agora não tem cumprido aquilo que falou. Ele que falava da saúde e agora deixa a gente neste estado”, revelou o morador Antônio, de 67 anos.

De acordo com seu Antônio, a comunidade entende que alguns problemas são antigos e não podem ser resolvido em apenas 18 meses de gestão, no entanto, deixar de atender os direitos básicos do cidadão, especialmente no que se refere à saúde é inadmissível.

“Prefeito Dinha, acorda. O senhor foi eleito há 1 ano e 6 meses. A gente sabe que algumas coisas na cidade realmente não podem ser resolvidas em tão pouco tempo, mas o que é básico para a saúde, isso não pode faltar. O senhor tem assistência médica e o povo daqui?”, indagou o morador.

O morador acredita que o distrito de Mapele esteja sofrendo alguma retaliação por questões políticas, mas pede encarecidamente que a administração olhe também pelos mais necessitados.

“Mapele tem sofrido alguma perseguição, mas eu peço ao prefeito que esqueça a política e pense no povo, já que o senhor foi eleito para governar para todos. Tá difícil, tá muito difícil. Precisamos de uma providência”, disse ele.

Além de seu Antonio, outros pacientes vieram demonstrando indignação com a falta de material no posto de saúde ao longo da semana. A comunidade ainda promete organizar uma manifestação, mobilizando inclusive a imprensa baiana, caso a prefeitura não intervenha o quanto antes.

A reportagem tentou entrar em contato com a secretária de Saúde, Drª Maria Betânia, na manhã de hoje, mas não obteve êxito. Em entrevista à nossa equipe na última terça-feira (03), a chefe da pasta justificou que a falta de medicamentos e material hospitalar no município se deu ainda em decorrência da greve dos caminhoneiros, realizada durante o mês de maio e que tudo logo seria restabelecido.