Número de casos suspeitos de microcefalia no País sobe para 5.280


O Ministério da Saúde informou hoje que investiga 3.935 casos suspeitos de microcefalia. Até o dia 13 de fevereiro, 837 casos foram descartados de um total de 5.280 notificações de Estados e municípios ao governo federal.

Os números foram divulgados pelo secretário de Vigilância em Saúde, Antônio Carlos Nardi, durante a Reunião Internacional para Implementação de Novas Alternativas para o Controle do Aedes aegypti.

O boletim anterior indicava um total de 462 casos confirmados de bebês que nasceram com microcefalia, sendo 41 relacionados à infecção pelo zika vírus.

De acordo com novo boletim epidemiológico divulgado no começo da tarde desta quarta-feira (17), dos 3.935 casos suspeitos de microcefalia, 60,1% dos casos (3.174) foram notificados em 2015 e 39,9% (2.106) no ano de 2016. Segundo o ministério, 508 casos já tiveram confirmação de microcefalia e/ou outras alterações do sistema nervoso central, sugestivos de infecção congênita.

Outros 837 casos notificados já foram descartados por apresentarem exames normais, ou apresentarem microcefalias e/ou alterações no sistema nervoso central por causas não infeciosas. Amapá e Amazonas são os únicos Estados que não têm nenhum registro de casos.

Os 508 casos confirmados ocorreram em 203 cidades, em 13 unidades da Federação: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

No total, foram notificadas 108 mortes por microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto (natimorto) ou durante a gestação (abortamento ou natimorto). Destes, 27 foram investigados e confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central.  Outros 70 continuam em investigação e 11 já foram descartados. Ao todo, 5.280 casos suspeitos de microcefalia foram registrados desde o início das investigações em 22 de outubro de 2015 até 13 de fevereiro de 2016.

O Ministério da Saúde também informou que está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos Estados e a possível relação com o vírus zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos além do zika, como sífilis, toxoplasmose, e rubéola.

Circulação do vírus
Até o momento, estão com circulação autóctone do zika vírus 22 Estados: Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Roraima, Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.