Nova Concha Acústica gera emprego e renda para Simões Filho e Região Metropolitana de Salvador


A Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA) comemora um ano de reabertura, no próximo sábado (13), com show de Gal Costa. Uma das maiores estrelas da MPB vai apresentar seu novo trabalho, Estratosférica, e sucessos que marcaram época a poucos metros do público, marca registrada da Concha. Cerca de 250 pessoas estarão trabalhando no espaço, segundo a direção do TCA, entre balconistas, seguranças patrimoniais, artistas, portaria e outras funções. Do lado de fora, bares, restaurantes, taxistas e também todo o conjunto da economia informal vão aproveitar para reforçar a renda familiar.

Segundo a produtora Irá Carvalho, responsável por promover shows de grandes artistas desde a década de 80, para a realização do evento em si, é criada uma verdadeira cadeia produtiva. Somente ela, de maio do ano passado, quando a Concha foi reaberta, até agora, já produziu mais de 15 eventos no espaço. “Diretamente, a gente contrata cerca de 100 pessoas, que são os seguranças, portaria, carregadores, produtores, o operacional. Tem o pessoal do bar, que é independente. O artista tem seus músicos, sua produção técnica”.

Empresário responsável pela iluminação do show de Gal Costa, Fernando Lima diz que a Concha movimenta todo o mercado de produção. “Havendo um espaço cultural no centro da cidade, há também um aumento na demanda de eventos. Os produtores trazem novos eventos e essas produções demandam a contratação de som, luz, bilheterias, enfim, uma infinidade de atividades que estão ligadas à nossa área de atuação. Então, um equipamento como a Concha impacta na renda de muita gente”.

Itamar Portugal é o motorista do caminhão da empresa que leva os equipamentos de som de Fernando, e que fica em Simões Filho. Segundo ele, o número de pessoas contratadas para o serviço de carregador varia. “Depende do tanto de material que vai ser levado para cada show. Hoje são cerca de 700 quilos de equipamentos, trouxemos quatro pessoas”.

Um dos carregadores é Alberto Franco, 18 anos, que está levando equipamentos pela segunda vez para a Concha Acústica. “Esse dinheiro ajuda em casa, minha mãe está desempregada. E também é uma oportunidade de conhecer outras pessoas, aprender outras coisas, quem sabe a montar o som e melhorar o trabalho mais na frente”.

A região do Campo Grande, onde ficam o TCA e a Concha Acústica é rica em bares, restaurantes e ambulantes. Proprietário de um restaurante no local, Jean Ricardo Fonseca afirma que um show médio na Concha melhora o movimento na casa em pelo menos 40%. “As equipes das bandas muitas vezes almoçam e jantam aqui. O público vem fazer um happy hour antes de entrar para os shows, comer um tira gosto ou beber a saideira após as festas. Então, a Concha realmente faz uma diferença muito grande para o comércio em geral aqui no Campo Grande”, ressaltou.