Ao menos 239 pessoas estão desaparecidas no Mar Mediterrâneo após dois naufrágios ocorridos na costa da Líbia, informou a porta-voz da Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Carlotta Sami, nesta quinta-feira (3).
De acordo com Sami, duas pessoas foram salvas nos naufrágios, mas os relatos apontam para mais uma tragédia em alto-mar.
Antes da confirmação da Acnur, 29 sobreviventes que chegaram à ilha italiana de Lampedusa haviam informado que, em ao menos um dos barcos, havia 140 pessoas. Em choque, eles relataram que mesmo com as péssimas condições para a navegação, há inúmeros imigrantes tentando a perigosa travessia marítima.
Do grupo que chegou hoje à Lampedusa, a maior parte dos imigrantes está vindo de Guiné. Atualmente, há 700 pessoas na ilha italiana aguardando por transferência para outras unidades de acolhimento.
De acordo com dados atualizado nesta quinta-feira, antes da tragédia, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) registrava 4.220 mortes ou desaparecimentos na travessia pelo Mediterrâneo.
O número é o maior da história e supera de longe as 3.771 mortes constatadas em 2014, ano em que mais de um milhão de imigrantes chegaram à Europa. Até novembro deste ano, no entanto, “apenas” 333 mil deslocados chegaram pelo mar ao território europeu, a maioria na Itália e na Grécia. (ANSA)
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