Mais de 400 pessoas estão desaparecidas após o naufrágio de um barco com 600 imigrantes na costa egípcia nesta quarta-feira. Até o momento, foi constatada a morte de 29 pessoas. Cerca de 150 sobreviventes foram resgatados. Segundo as autoridades, a embarcação carregava sírios, egípcios e outros imigrantes africanos. O bote virou perto de Rosetta, no Norte do Egito.
Entre os mortos, estão ao menos dez mulheres e duas crianças. Do Egito costumam sair barcos de pequeno e médio porte rumo à Itália. “Um barco de imigração ilegal virou na costa de Kafr al-Sheikh com 600 pessoas a bordo, na maior operação ilegal conhecida através desse enclave”, disse um funcionário local citado pela agência estatal Mena.
Na terça-feira (20), o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) afirmou que mais de 300 mil migrantes e refugiados cruzaram o Mediterrâneo para viajar à Europa desde o início de 2016. Segundo a agência, este pode ser o ano com maior número de vítimas fatais em naufrágios caso se mantenha o ritmo atual.
A travessia é frequentemente realizada por quem foge da pobreza e das guerras em seus países de origem e busca melhores condições de vida nos países europeus. “O número de refugiados e migrantes que chegaram às costas europeias superou hoje a barreira dos 300 mil”, declarou William Spindler, porta-voz do Acnur em Genebra.
O número é consideravelmente inferior ao registrado durante os nove primeiros meses de 2015 (520 mil), mas é superior ao do conjunto de 2014 (216 mil). Quase todos os migrantes e refugiados que atravessam o Mediterrâneo tentam chegar a Grécia ou Itália. 3.211 pessoas morreram ou são consideradas desaparecidas no Mediterrâneo desde janeiro.
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