Muriçocas chamadas de “mutantes” voltam a atormentar os moradores de Mapele em Simões Filho


Dormir se tornou um ato não tão agradável para os moradores de Mapele, na zona rural de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Isso porque uma infestação de muriçocas tomou conta do bairro, impedindo que as pessoas tenham uma noite tranquila de sono.

A dificuldade da comunidade se torna ainda maior por se tratar de um bairro com predominância rural e muita vegetação, que serve de abrigo para os insetos. Também devido ao aumento da umidade causada pelos longos períodos de chuva juntamente com o calor faz com que as muriçocas se proliferem mais rápido.

Essa não é a primeira vez que Mapele sofre com uma infestação desse tipo. Em 2013, a população local passou por momentos dolorosos, com a proliferação das  muriçocas. Na época, o site ‘Mapele News’ participou de uma análise com os técnicos da Secretaria Municipal de Saúde, em conjunto com a Secretaria Estadual e técnicos do Ministério da Saúde, para averiguar as denúncias feitas pelos moradores da localidade.

Na primeira análise ficou comprovado que realmente a situação era muito preocupante, mas os técnicos não souberam de onde os mosquitos vieram exatamente, no entanto, concluíram que eles eram diferentes e totalmente agressivos. Deste modo, foram solicitados os equipamentos necessários para combater os mosquitos. O fato chegou a ser noticiado em diversos veículos de comunicação da imprensa baiana.

Desta vez não é diferente e os moradores que residem próximo a Rua do Campo, onde está concentrado a maior parte dos mosquitos estão desesperados. Eles acreditam se tratar da mesma espécie de mosquitos geneticamente modificados que foram desenvolvidos em laboratório para combater a dengue, há alguns anos atrás.

Na época, os mosquitos mutantes eram liberados semanalmente em algumas regiões do Brasil. Eles eram infectados com a bactéria Wolbachia, encontrada no meio ambiente e capaz de impedir a transmissão da dengue pelo mosquito Aedes aegypti.

Por acreditar que o mosquito pode ser o mesmo que tem perturbado o sossego dos moradores, a comunidade pede a visita de técnicos da Secretaria de Saúde junto com a Vigilância Epidemiológica e solicitam aos órgãos competentes que alguma providência seja tomada para combater a infestação.