MP realiza audiência para ouvir mulher que fingia ser homem para ter relações sexuais e extorquir vítimas na Bahia


Uma mulher foi presa acusada de abusar sexualmente e extorquir mais de 20 mulheres na Bahia. Andreza Souza Dias Souza, de 22 anos, foi detida em março deste ano durante Operação Perfil Falso no Recôncavo Baiano. A mulher é suspeita de estelionato e violação sexual mediante fraude.

Uma audiência pública para ouvir Andreza acontece nesta quarta-feira (1°), no Fórum Criminal do Tribunal de Justiça, no bairro de Sussuarana, em Salvador. A prisão da acusada aconteceu durante operação do Ministério Público da Bahia (MP-BA).

Segundo o MP-BA, Andreza começou a cometer os crimes em 2013, quando ainda era adolescente. A maioria das vítimas é de Salvador, mas ela também atuou em Santo Antônio de Jesus e Nazaré, onde trabalhava como funcionária da prefeitura, em cargo comissionado, e outras cidades do interior. A mulher também era estudante de Direito.

Segundo Ana Emanuela, promotora responsável pelo caso, Andreza usava os aplicativos de mensagens ou sites de encontros amorosos, se passando por uma pessoa de sexo masculino, para abordar as vítimas.

Com fotos de homens encontrados nas redes sociais, a mulher começava um relacionamento com as vítimas. Ela criava grupo no WhatsApp com a mulher com que mantinha uma relação e adicionava pessoas que diziam ser seus parentes para dar credibilidade ao “romance”.

Após um tempo, a suspeita pedia transferências em dinheiro ou que a vítima comprasse algum bem para ela. Para dar mais credibilidade, dizia que ia mandar a sobrinha para conhecê-la e a própria Andreza se apresentava como parente do suposto namorado.

Em alguns casos, a vítima e a suspeita acabaram tendo relações sexuais mediante fraude. Ana Emanuela explicou que a suspeita criava uma trama em que afirmava que a sobrinha conseguia canalizar o “namorado” e a vítima mantinha relações sexuais acreditando que se tratava do personagem masculino.

A promotora contou que a suspeita usou cerca de cinco fotos de homens com diversos nomes diferentes para abordar as vítimas. Em contato com esses homens, o MP foi informado que eles não conheciam nenhuma dessas mulheres e alguns já prestaram queixa nas delegacias locais.

Informações: BNews