Quem transitou pelas ruas de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) ao longo desta quinta-feira (24) pode presenciar as enormes filas que se formaram em todos os postos de combustível da cidade.
Foto: Simões Filho Em Pauta
Com a greve dos caminhoneiros e o bloqueio às distribuidoras, que já dura quatro dias muitos motoristas, com medo do desabastecimento, correram aos postos de combustíveis para encher o tanque.
Especialmente se tratando da gasolina, o estoque em alguns postos na RMS já acabaram, em outros poderão acabar até amanhã. Na capital baiana a situação também não é diferente. Poucos estabelecimentos oferecem o combustível e esses, pela demanda de procura estão aumentando os preços. O preço já atinge R$4,99 na capital e ultrapassa R$5 no interior
Os motoristas de Salvador já estão sentindo os efeitos do desabastecimento provocado pelo protesto de caminhoneiros que não estão chegando às grandes cidades. Segundo estimativa do presidente do Sindicato do Comércio de Combustíveis, Energias Alternativas e Lojas de Conveniências do Estado (Sindicombustíveis), Walter Tannus, pelo menos 20% dos 250 postos já estão com problema de abastecimento. No interior do estado a situação é ainda pior: pelo menos 50% dos cerca de 2 mil postos estão sem gasolina e álcool.
O presidente do Sindicombustíveis argumenta que com a mudança de comportamento do consumidor a tendência é que o combustível acabe, pois não está ocorrendo o ressuprimento do produto.
“Nos meus três postos que tenho em Salvador ficaremos sem gasolina e álcool ainda hoje. Só tem diesel porque os caminhoneiros não estão abastecendo”, explica Tannus. De acordo com o sindicato, um posto de gasolina compra, em média, 20 mil litros de combustíveis a cada três dias, e vende cerca de 7 mil por dia.
Com a greve dos caminhoneiros, a Petrobras sinalizou com uma redução temporária de 10% no preço do diesel, que poderá ter um impacto de R$ 0,25 nas bombas. Mas os caminhoneiros se mantiveram ontem irredutíveis e decidiram manter os bloqueios nas estradas de todo o Brasil no dia de hoje. Uma nova negociação deve decidir sobre a continuidade da greve amanhã.
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