Moradores denunciam problemas estruturais e de manutenção em prédio desativado com risco de desabamento


Moradores do bairro de Aratu, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, (RMS), estão bastante preocupados e indignados com a situação estrutural do prédio, na localidade que fica na Rua da Linha. De acordo com eles, o imóvel não recebe manutenção há bastante tempo e acumula problemas com risco de desabamento.

A denúncia foi feita na manhã desta segunda-feira (20), ao repórter do programa de rádio Bahia No Ar, Valfredo Silva, que conversou com alguns moradores do bairro, que segundo eles, estão convivendo com medo, devido ao risco de um possível desabamento do prédio, que inclusive, já funcionou como creche escola na região.

De acordo com relato de uma moradora, a situação é muito crítica. “Nós estamos aqui clamando, pedindo que alguém faça alguma coisa porque a tragédia está visível”, disse uma moradora e completou: “Não precisa a gente nem desenhar, qualquer hora essa tragédia vai acontecer e nós temos muitas vidas, nós temos vizinhos com crianças”.
A moradora ainda fez um questionamento. “As pessoas vão perder suas casas e suas vidas principalmente? – “porque depois da vida perdida vai ficar como?“, desabafou.

Outro morador da região identificado como “Bilisco do bar”, revelou à reportagem que alguns pedidos de ajuda já foram feitos, mas até o momento nenhuma medida foi tomada.

“Peço ao povo que venha ver. A tragédia está perto de acontecer. A gente não aguenta mais apelar a ninguém. Tem cinco anos que a gente vem apelando para que alguém tome uma providência”, pontuou o morador.

Questionados sobre quem seria o dono do prédio, os moradores afirmaram não saber. “Não sei se tem alguém responsável ou não pelo prédio. A comunidade quer apenas solução”, retrucou outra moradora.

Dona Magali, que mora em uma casa ao lado do imóvel desativado, destacou que não consegue dormir e os filhos pedem para ir embora. “Estou desesperada. Não consigo dormir à noite. Meus filhos todos os dias pedem pra ir embora daqui. Eu não aguento mais”, desabafou.

Um desejo revelado pelos moradores é que o lugar fosse transformado novamente em uma creche, haja vista, a falta de uma instituição desse tipo na localidade. “Nossas crianças estão indo pra Ilha de São João ou para escola Aratu, não desfazendo, mas a gente tem como ter perto de nossas localidades. Tem pessoas que deixaram de trabalhar porque a creche foi retirada da associação”, confidenciou.

Por fim, os moradores salientaram que apenas metade do prédio fosse demolido. “A parte construída pela comunidade não tem infiltração, só falta ser recuperada, fazer alguns reajustes, mas a parte do fundo que foi construída depois, esse é o problema”.

Matéria e fotos extraídas do site Bahia No Ar, autorizada pelo radialista Roque Santos.