Moradores da Cova da Gia passam sufoco por causa do transporte público em Simões Filho


“Depois que transformou o transporte para micro-ônibus, foi piorando ao invés de melhorar”. Esse é o desabafo de um morador do bairro Cova da Gia, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, que representa o sofrimento que a sua comunidade tem enfrentado com relação ao transporte público municipal.

De acordo com os moradores, os permissionários da cooperativa que atende o transporte municipal em Simões Filho decidiram por conta própria não mais entrar no bairro. Sem fiscalização, os motoristas querem ir apenas até o condomínio Palmeiras, que fica na Pitanguinha, e os moradores da Cova da Gia são obrigados a fazer um longo percurso a pé.

“Eles acabam não cumprindo o retorno. À noite mesmo é pior, porque a gente acaba tendo que descer ali para ir andando. Quando a gente bate pé firme, ainda desce na praça”, revelou Servilho em entrevista ao repórter Valfredo Silva.

Ainda segundo o morador, os motoristas alegam que a concorrência com os ditos “ligeirinhos” que seriam “irregulares” é grande e algumas vezes, quando descem, os micro-ônibus voltam vazios justamente por causa dos ligeirinhos.

“O que nós, moradores da Cova da Gia, independente de ser do condomínio ou não temos haver com esse problema deles?”, indagou o morador que contou que, muitas vezes a comunidade prefere pagar mais caro por um ônibus intermunicipal, por causa da ineficiência do transporte local.

“A demora de espera no ponto é um absurdo. Às vezes a gente acaba preferindo pegar um ônibus da Expresso Metropolitano para chegar ao destino, porque é mais vantagem do que pegar o micro-ônibus, até pela questão da demora, que para chegar no CIA é quase 30 minutos. Infelizmente depois que transformou o transporte para micro-ônibus, foi piorando ao invés de melhorar”.

No início do mês, a comunidade da Cova da Gia chegou a fazer uma manifestação fechando a via principal de acesso ao bairro, para chamar a atenção da prefeitura, cobrando melhorias para o transporte, no entanto, até o momento nada foi feito.