Moradora pede mais fiscalização a secretário após passar por humilhação em transporte público municipal de Simões Filho


Uma moradora de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) denunciou uma situação bastante constrangedora vivenciada por ela e por sua mãe idosa, envolvendo o transporte público municipal, neste final de semana.

De acordo com a passageira, tanto ela como sua mãe foram obrigadas a passar mais de três horas em um ponto de ônibus a espera de um micro-ônibus, que aceitasse o recebimento da passagem no cartão da própria cooperativa que administra o sistema de transporte.

“O povo de Simões Filho está sofrendo com esses micro-ônibus. Eles têm a maquineta de passar o cartão, mas eles não aceitam dia de domingo. O povo que não tem dinheiro para pagar fora do cartão de passagem, não pode passar. A gente fica três, quatro horas no ponto aventurando algum deles pegar o cartão. E aí, com quem fala?”, indagou ela.

Segundo a moradora, mesmo possuindo um valor significante no cartão de passagem e vendo que a maioria dos veículos possuía a maquineta de validação do cartão, por diversas vezes ela foi impedida de entrar no micro-ônibus.

“O prefeito de Simões Filho e os secretários não tomam providência disso aí, não resolvem nada. Hoje mesmo, eu estava no ponto com mainha e minha mãe é doente, eu não poço andar muito com ela. Eu estava com o cartão cheio de passagem, com mais de R$ 200,00 só de passagem e eu não ia pagar em dinheiro. Eu fiquei mais de três horas no ponto. É brincadeira?”

Revoltada, ela continuou a relatar o caso. “Eu estava vindo do Ponto Parada e fiquei naquele ponto ali do Centro Comercial em frente a Irmã Dulce e fiquei aguardando qualquer micro-ônibus para ir para o CIA 1. Então, os ônibus para qualquer bairro dentro de Simões Filho, eles não pegam o cartão dia de domingo. As catracas funcionando, a maquineta funcionando, porém eles não passam. Eles dizem: cartão não pega, cartão não pega”.

Depois de tanto tempo de espera a mulher contou que só conseguiu embarcar depois que se utilizou da lei para reivindicar seus direitos, caso contrário teria que se deslocar andando ou providenciar o dinheiro.

“Depois de ficar tanto tempo esperando, eu entrei em um e o cobrador disse que não pegava cartão. Eu disse: pega cartão sim. Qual é o código da constituição que diz que eu com meu cartão não posso passar? Aí ele chegou e deixou”, revelou ela.

A questão da falta de fiscalização no transporte público em Simões Filho é latente. Mesmo sendo de responsabilidade de uma Secretaria (Semob) que tem um extenso quadro de funcionários, incluindo fiscais de trânsito espalhados por toda a cidade, pelo que consta, nada é feito e os permissionários agem em conformidade com seus próprios interesses.