O Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Meio Ambiente e Urbanismo do Ministério Público instaurou um procedimento administrativo para acompanhar e fiscalizar a implantação de Corredor Exclusivo de Transporte público do BRT nas avenidas Juracy Magalhães e Antonio Carlos Magalhães pela prefeitura de Salvador e a do VLT no Subúrbio da capital baiana pelo governo estadual.
Em março deste ano, o prefeito ACM Neto lançou o edital de licitação para a construção do BRT referente à primeira etapa do projeto, que vai ligar o Parque da Cidade até a região da rodoviária, com investimento de R$ 408 milhões.
Também em março, o governador Rui Costa lançou o edital de licitação para o VLT, modal que será construído por meio de parceria público-privada (PPP), da mesma forma que o metrô.
Foi contratada a empresa Accenture do Brasil, para prestação de serviços de consultoria e assessoria referente à modelagem técnica e econômico-financeira do projeto do modal. O contrato, válido por seis meses, foi divulgado no dia 9 de fevereiro no Diário Oficial do Estado (DOE).
A Accenture do Brasil que foi contratada por inexigibilidade de licitação por R$ 2,465 milhões, irá verificar todos os quesitos necessários para não criar nenhuma limitação, vai identificar eventuais vícios ou obstáculos à continuidade do projeto, além da analisar a viabilidade econômica da implantação do novo modal, que substituirá e ampliará o percurso feito pelos trens do Subúrbio. A empresa vencedora da licitação, por sua vez, deve acrescentar ao material seus próprios estudos.
Prejuízos do VLT para Simões Filho
O VLT de Salvador que irá substituir o atual Trem do Subúrbio, com um projeto que inclui aproximadamente 19 quilômetros de extensão, com 21 paradas, ligando a região do Comércio até Paripe.
No entanto, o traçado prevê a implantação do sistema no trecho Comércio – Calçada e recuperação, melhoria e modernização da infraestrutura do trecho Calçada-São Luiz/Paripe. Deixando de fora a Região de Aratu e comunidades adjacentes do município de Simões Filho como Mapele, Cotegipe, Santa Luzia e outras localidades que esperam há anos por melhorias no transporte alternativo.
Na primeira reunião para discussão do PPP, os movimentos ligados ao VLT “Trem de ferro/Ver de Trem” de comunidades do subúrbio ferroviário de Simões Filho, já haviam feito um apelo para que as autoridades competentes, juntamente com a população, comparecessem na audiência pública, com o intuito de cobrar a permanência das linhas nos distritos simõesfilhenses. Porém, até agora nada foi feito.
“Os vereadores e o prefeito da nossa cidade têm que intervir nesta modernização pra que ela chegue até Simões Filho, abrangendo a região de Ilha de São João, Mapele, Cotegipe e de lá siga para o Centro. O que queremos insistir é que o Governo da Bahia
não nos abandone, e se lembre que aqui existem muitos de seus eleitores.” Disse um antigo morador que sonha em ver o trem modernizado passando em sua comunidade.
Com um investimento total de R$ 1,5 bilhão, o modal será composto por 20 composições de tração elétrica, capaz de levar mais de 600 passageiros em cada uma, e terá um pátio de manutenção no bairro da Calçada e um pátio de apoio de manutenção em Paripe.
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