Uma auditoria no programa Bolsa Família feita pela Controladoria-Geral da União (CGU) apontou 345.906 cadastros com indícios de fraude, como casos de beneficiários que estão fora das regras e por isso não teriam direito a participar.
Na Bahia, o Ministério do Desenvolvimento Social cancelou 55,6 mil cadastros do programa. Os benefícios cancelados eram de pessoas que possuem renda superior a meio salário mínimo.
Além do cancelamento, segundo relatório divulgado pelo Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), foram identificados 39,7 mil casos de subdeclaração. Neste caso, a CGU realizou comparação entre as rendas registradas em outras bases de dados oficiais com aquelas declaradas no Cadastro Único, a fim de identificar famílias que teriam fornecido informações inverídicas.
De acordo com a CGU, há também situações de servidores públicos e pessoas que tem casa própria e automóveis importados entre os beneficiários, além de famílias com renda superior a R$ 1,9 mil.
Com as irregularidades, o governo pagou indevidamente R$ 1,3 bilhão. Foram inspecionados 2,5 milhões de famílias com cadastros suspeitos. Havia inconsistências no CPF, no tamanho dos núcleos familiares, ou na renda.
Os dados referentes aos cadastros fraudulentos foram encaminhados ao Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). O secretário federal de controle interno da CGU, Antônio Carlos Leonel revelou que a preocupação do órgão não gira em torno daquele indivíduo que aumentou a renda, conseguiu emprego, melhorou de vida e sim aquele caso da pessoa que já entrou errada, tem um padrão de vida excelente e que está fraudando o programa de fato.
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