O laboratório farmacêutico do Governo da Bahia, Bahiafarma foi autorizada pelo Ministério da Saúde para quebrar o monopólio das companhias estrangeiras sobre a venda de insulina destinada aos portadores de diabetes atendidos pelo SUS.
Alguns dias antes do Carnaval, o ministro Ricardo Barros autorizou o laboratório a firmar Parceria para Desenvolvimento Produtivo (PDP) com a empresa ucraniana Indar, voltada à fabricação no Brasil de insulina de origem animal e dos chamados análogos, criados através de engenharia genética.
A decisão do ministro da Saúde põe fim ao atraso nos projetos para produção de insulina que estavam concentrados na Fiocruz desde 2013. “Estávamos desde o início de novembro do ano passado em negociações como ministério, ansioso para romper, o mais rápido possível, esse domínio das multinacionais sobre a comercialização de insulina e análogos para o Brasil, algo extremamente prejudicial para os portadores de diabetes e para os cofres do SUS”, disse o diretor-presidente da Bahiafarma, Ronaldo Dias.
A PDP, que determina a transferência da cadeia tecnológica usada na produção da insulina da Indar para a Bahiafarma, é o primeiro passo para resolver as constantes faltas de insulina nas unidades públicas de saúde em todo território nacional, um dos mais graves problemas enfrentados atualmente pelo SUS. Somente os portadores de diabetes tipo 1, dependentes regulares de insulina, representam hoje um universo de 600 mil brasileiros, volta e meia prejudicados pelas crises no abastecimento.
Sem fabricação nacional da gama de insulinas, o governo é obrigado a pagar os altos preços cobrados pelos laboratórios estrangeiros sobre seus produtos importados.
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