O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (28) que novos pacientes em tratamento contra HIV e Aids vão receber um medicamento diferente dos atualmente disponíveis. A estimativa é de que cerca de 100 mil pacientes comecem tratamento contra a doença usando o novo remédio a partir de 2017.
O ministério explicou que conseguiu desconto de 70,% na compra do dolutegravir, um antirretroviral, derrubando os preços de US$ 5,10 para US$ 1,50. “Estamos oferecendo esse tratamento sem impacto orçamentário”, explicou a diretora Adele Benzaken. O orçamento total para aquisição de remédios do tipo é de R$ 1,1 bilhão.
O remédio deve beneficiar, além de pessoas que ainda não fazem o tratamento, pacientes que têm resistência aos atuais medicamentos, cerca de 17 mil pessoas, em dados do ministério.
Tratamento
Atualmente, pacientes com Aids e HIV usam três remédios disponíveis no SUS, tenofovir, lamivudina e efavirenz, a combinação conhecida como “três em um”.
Agora, a partir de 2017, a indicação será de usar dolutegravir associado ao “dois em um” (tenofir _ lamivudina) – o novo medicamento vai substituir o efavirenz, por ser “melhor tratamento” para esses casos, explica o ministério.
“O tratamento atual é o três em um, que traz alguns efeitos colaterais extremamente incômodos para um certo percentual de pessoas. Esse efeito se dá no começo de tratamento”, disse Adele, falando de situações de alucinações ou depressão. “Já as pessoas que tomam o três em um e que não têm efeito colateral e estão muito bem, não tem por que fazer essa modificação”, explica.
De 2005 a 2016, o total de brasileiros em tratamento passou de 165 mil para 483 mil. Do início deste ano até agosto, foram 48 mil pacientes que iniciaram tratamento.
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