Mesmo com economia, presidente da Câmara diz que R$ 1 milhão só dá para pagar a folha


Em entrevista na manhã desta sexta-feira (20), o vereador e presidente da Câmara de Simões Filho, Genivaldo Lima falou sobre sua pretensão de continuar no comando da Casa Legislativa no segundo biênio deste mandato.

De acordo com o vereador, a princípio existia um acordo entre ele, o líder de governo Orlando de Amadeu e o prefeito Diógenes Tolentino, que para cada dois anos um dos vereadores assumiria a presidência da Câmara.

No entanto, ainda segundo Genivaldo, um dos critérios do acordo era que quem fosse escolhido para representar o grupo com o apoio do prefeito para o pleito de deputado estadual, consequentemente não poderia mais ocupar o cargo de presidente da Câmara.

Como Orlando é um dos fortes nomes a serem indicados por Dinha, Genivaldo disse que caso seja necessário estará à disposição para continuar no cargo atual.

“Nós participamos de um grupo em que o líder maior é o nosso prefeito Dinha e temos agora o pleito de deputado estadual e aí surge nos bastidores alguns nomes que nós estamos aguardando a confirmação do prefeito, e aí nós vamos tomar a decisão. Eu sou soldado e vou acompanhar a decisão do grupo”, disse ele em entrevista ao repórter Valfredo Silva.

Já no que se refere a sua gestão a frente da mesa diretora, Lima revelou que embora alguns dos edis tenham declarado não estarem satisfeitos com o seu desempenho, ele tem feito seu trabalho sempre da melhor forma, na medida do possível.

“Eu estou fazendo meu trabalho independente de ser bom ou ruim. Nós temos consciência que pegamos a casa com diversos problemas, de imóveis, equipamentos e em todos os gabinetes a gente acabou com esses problemas”, afirmou ele.

Genivaldo disse que o orçamento mensal da Câmara gira em torno de R$ 1 milhão, porém, somente com a folha de pagamentos são investidos cerca de R$ 900 mil, sobrando apenas 100 mil para as outras despesas.

“Um orçamento de 1 milhão e pouco. Nós temos um afolha de quase 900 mil, então sobra pouco dinheiro pra fazer outras coisas aqui na Câmara, então eu tenho tentado fazer o máximo possível, mas eu tenho certeza que ao final do meu mandato eu vou ter sempre os vereadores dizendo que u fiz o meu trabalho”, revelou.

Com relação à insatisfação de alguns edis, Genivaldo disse que não sabe qual seria o motivo, haja vista que todos tiveram direito a indicar seus assessores, que foram devidamente contratados. Além disso, como parlamentar ele disse que leva todas as demandas do grupo ao prefeito da cidade.

“O que o presidente da Câmara pode fazer são aquelas coisas formais, são os cargos de assessoria que são de direito do vereador e está atento, defendendo o grupo diante do prefeito e isso eu tenho feito”

Sobre os carros locados para atender os parlamentares em horário de serviço, Lima defendeu que é uma questão de necessidade. Uma vez que, os vereadores precisam cotidianamente se deslocar entre os bairros da cidade para atender as demandas das comunidades.

“A questão dos carros locados é uma necessidade do vereador. Imagine, eu mesmo passo o dia todo pra cima e pra baixo, imagine se eu estivesse de pé. Eu não atenderia nem 10% do que eu faço hoje”, explicou.

Genivaldo disse que a contratação atual dos carros ainda gerou uma economia de 230 reais por veículo com relação à gestão passada.