Marinha simula conflito para treinar tropas no Porto de Aratu


O alvo é o Porto de Aratu. O inimigo pode vir por terra ou por mar, a qualquer hora do dia. A intenção é tomar o local que abastece indústrias para enfraquecer o país. Para garantir a defesa, 300 militares da Marinha do Brasil e cinco embarcações.

O cenário descrito pode parecer de guerra, mas foi um treinamento realizado nesta quinta-feira (27), pela Marinha, por meio do Comando do 2º Distrito Naval (Com2ºDN).

Os militares que participaram estavam sendo testados em uma simulação de conflito. A ideia era representar  o  ataque de um país que, de forma fictícia, estivesse em

conflito com o Brasil. “É um teste do adestramento que as organizações militares já fazem no cotidiano. Estamos simulando a defesa de um porto”, afirmou o capitão dos portos da Bahia, Ricardo Pinheiro.

O elemento-surpresa é levado em consideração. Os militares que executam a defesa não sabem previamente das ações que serão realizadas pelos falsos inimigos que tentam invadir as instalações. Eles têm a função de inspecionar as embarcações que trabalham nas proximidades.

Dos 300 militares, 130 são fuzileiros navais e ficam responsáveis pela parte terrestres, espalhados pelos berços de atracação, onde os navios mercantes descarregam. “O objetivo é verificar o nível de alerta da gente para impedir qualquer tipo de ação”, acrescentou o capitão dos portos da Bahia.

Nesta quinta, as ações foram acompanhadas pela imprensa, mas não houve qualquer ação de inimigos durante o período. Apenas a interceptação de um pescador em uma canoa, que foi liberado.

Rodízio

O grande teste costuma ocorrer uma vez por ano, em rodízio com outros três portos: o de Salvador, de Ilhéus e Madre de Deus. Nesta edição, cujo exercício foi batizado de Deportex Le/16, foram utilizadas cinco embarcações: um varredor de minas, uma patrulha, um rebocador de alto-mar e duas lanchas da capitania.

Enquanto as lanchas ficam mais próximas do porto, a patrulha se afasta por um perímetro maior. “Todas as embarcações estão com seus armamentos. A lancha utiliza um fuzileiro naval. Já o navio-patrulha e o varredor têm metralhadoras”, ressaltou Pinheiro. O exercício teve início na última terça-feira e será finalizado nesta sexta (28).

Critérios

Segundo o capitão, os militares que participaram são escolhidos por critérios como experiência e nível de treinamento. Eles são pertencentes aos efetivos do Grupamento de Fuzileiros Navais de Salvador, do Grupamento de Patrulha Naval do Leste, da Força de Minagem e Varredura, da Estação Rádio da Marinha em Salvador, da Base Naval de Aratu, do Hospital Naval e da Capitania dos Portos.

Ainda segundo o capitão Pinheiro, todas as ações de treinamento são acompanhadas a partir do Centro de Coordenação de Defesa de Área, instalado na sede do Com2ºDN, no Comércio. Informações do A Tarde.