Mais de 490 pessoas foram mortas a tiros em Salvador, Simões Filho e outras cidades da RMS no segundo semestre do ano passado


O Instituto Fogo Cruzado, que faz o mapeamento da violência armada, registrou 499 mortes em Salvador e região metropolitana, no segundo semestre do ano passado. O relatório anual foi divulgado nesta segunda-feira (30).

Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), afirmou que não comenta os dados apresentados pelo instituto, além de reforçar que tem intensificado as ações em todo o estado para aumentar a segurança.

Conforme o relatório, 663 pessoas foram baleadas nesse período e 164 ficaram feridas. Dos 753 tiroteios e/ou disparos mapeados, 244 deles ocorreram durante ações e/ou operações policiais, o que representa 32% dos casos.

Municípios mais afetados pela violência armada

Local Tiroteios Mortos Feridos
Salvador 559 340 130
Camaçari 74 51 8
Lauro de Freitas 34 20 9
Simões Filho 30 32 5
Mata de São João 13 13 2

Entre julho e dezembro, houve 18 chacinas em Salvador e região metropolitana – juntos, esses casos deixaram 60 pessoas mortas. Das 18 chacinas, 13 foram durante ações e operações policiais, com 45 mortos.

Ainda conforme o relatório, das 13 cidades mapeadas pelo instituto, a capital baiana foi a mais afetada pela violência armada. Salvador concentrou 74% dos tiroteios, 68% dos mortos e 79% dos feridos acumulados.

Perfil das vítimas

Dos 499 mortos a tiros na capital e região metropolitana, 463 eram homens, 33 eram mulheres, um era não binário e dois não tiveram a identidade revelada, segundo dados do relatório.

Dos 164 feridos por disparo de arma de fogo, 122 eram homens, 28 eram mulheres e 14 não tiveram a identidade revelada.

Ainda segundo o relatório, dos 499 mortos, 134 eram negros, 27 brancos e 338 não tiveram a cor revelada. Já entre os 164 feridos, 14 eram negros, quatro brancos, um amarelo e 145 não tiveram a cor detalhada.

O balanço ainda destacou que os policiais militares foram a categoria mais afetada pela violência armada. Dos nove mortos, três eram PMs, dois eram militares do Exército, um era da Aeronáutica, um era policial civil, um era agente socioeducativo e um não foi identificado.

G1