A espera de um posicionamento do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em relação aos novos arroubos golpistas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) terminou na tarde desta quarta-feira, 8, com uma fala morna do pepista, que tem se mostrado um aliado ferrenho de Bolsonaro.
Sem citar a palavra “impeachment”, Lira disse não ver mais espaço para “radicalismos e excessos”, que é hora de dar “um basta nas escaladas” de tensões e que está aberto a conversas e negociações para acalmar os ânimos. “Na discórdia, todos perdem”, disse.
Em sua defesa, Lira disse que ainda não havia se manifestado sobre o tema “porque não queria ser contaminado pelo calor do momento”.
“[A Câmara] estende a mão aos demais poderes para que se voltem ao trabalho encerrando desentendimentos. Temos a nossa Constituição, que jamais será rasgada”, disse ele.
A fala ocorreu um dia após as manifestações de 7 de setembro, marcados por pautas antidemocráticas, como pedidos de fechamento do STF (Supremo Tribunal Federal) e intervenção militar e com discursos golpistas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Avenida Paulista, em São Paulo, e na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Apesar das críticas, Lira, eleito com o apoio de Bolsonaro, criticou decisões do STF contra políticos aliados do presidente e elogiou “todos os brasileiros que foram às ruas de modo pacífico” no 7 de Setembro.
Existem hoje mais de 100 pedidos de impeachment contra Bolsonaro sob a guarda do presidente da Câmara. Cabe a ele decidir sobre a aceitação e abertura de processo contra o presidente.
A tarde
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