Uma gesto solidário de uma dinamarquesa fez com que ela enfrentasse problemas com a justiça de seu país e com que ela tivesse que pagar uma multa de três mil euros (cerca de 12 mil reais).
Lisbeth Zornig deu carona a uma família síria que passou 20 dias viajando para chegar à Suécia, país vizinho à Dinamarca. As rígidas políticas dinamarquesas para brecar a entrada de refugiados na nação europeia fez com que trens e ônibus vindos do sul e que iam até a Suécia fossem cancelados.
A dinamarquesa então, ao ajudar a família, que estava fazendo o trajeto caminhando, foi enquadrada no crime de transportar e dar refúgio a quem não tem documentos. Além da multa, sua pena pode chegar a dois anos, informa o El País, da Espanha.
Em entrevista, Lisbeth declarou que a lei é injusta, “pois é igual para quem pratica solidariedade e para traficantes”.
Ela não é a primeira a sofrer com as novas medidas. Desde o aumento da entrada de refugiados na Europa, em meados de 2015, mais de 300 pessoas já foram acusadas por ajudar pessoas vindas de diversas partes do mundo, principalmente da Síria, que precisaram largar seus países, geralmente durante conflitos.
Desde junho de 2015, no caso da Dinamarca, quando entrou no cargo o governo de centro direita, houve um corte de 10% da assistência financeira e no aumento do tempo para o reagrupamento familiar, para até 3 anos.
Entre outras ações polêmicas, a Dinamarca permitiu que a polícia apreendesse bens de quem buscava refúgio com valor maior que 1340 euros (quase 6 mil reais), o que foi comparado com a prática nazista contra judeus na Alemanha das décadas de 30 e 40.
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