A sessão ordinária que marcou a retomada dos trabalhos legislativos na manhã desta terça-feira (02), na Câmara de Simões Filho, ao fazer uso da palavra, a 4ª mais votada nas eleições municipais de 2012 com 1.360 votos, na época pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), a Vereadora Miriam Prazeres (PROS), antecipando o início da campanha que ocorrerá nos próximos quinze dias; anunciou oficialmente que não disputará a reeleição nas eleições municipais de 2016.
Com muita emoção ao discursar na Tribuna da Câmara, a parlamentar não conseguiu conter as lágrimas ao justificar o motivo em não disputar o próximo pleito e aproveitou para comunicar o apoio ao Vereador Jailson Soares (PP).
“Por questões de cunho pessoal optei pela desistência da candidatura à reeleição, por questões também que dizem respeito a mim e a minha família e sobre os quais prefiro não expor em público”, afirmou bastante emocionada a parlamentar que não conseguiu esconder o cunho emocional revelado posteriormente pelo colega, amigo e Presidente da Câmara.
“Não me causou estranheza o fato da amiga Miriam Prazeres desistir da candidatura porque não foi sob o olhar político; nem estratégico, mas sob o olhar da emoção”, revelou Joel Cerqueira (PT), que ainda reforçou o motivo da desistência da correligionária.
“A candidatura da vereadora Miriam Prazeres deixou de existir no momento que deixou de existir a luz e a alegria na vida dela e todos nós sabemos que momento foi esse”, se referiu o Chefe do Legislativo ao relembrar da morte de Eliel Prazeres, irmão da parlamentar em novembro de 2015.
Apesar de declinar da reeleição como vereadora, Miriam fez questão de deixar claro que “continuará na luta de forma a contribuir para o crescimento de Simões Filho”.
Muito bem avaliada pelos colegas que externaram sobre a sensibilidade, força e coragem de mulher que sem vaidades abdicou uma possível vitória na reeleição, por entender a voz do coração. “Estou saindo da disputa para atender o meu coração e não aos comentários que circularam na cidade”, revelou Prazeres.
Mulher íntegra, guerreira, lutadora e honrada foram alguns dos adjetivos aclamados pelos parlamentares que, embora, externando o sentimento de perda, entenderam a justificativa mencionada com muita propriedade e defendida por Miriam com uma passagem bíblica. “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”.
A Vereadora destacou em seus agradecimentos cinco parlamentares que lutaram para que ela recuasse da decisão, mencionando os colegas Jailson Soares (PP), Joel Cerqueira (PT), Kátia Oliveira (PMDB), Élio Santos (PSC) e Pedro da Kombi (PTC). “Levarei a gratidão e o respeito por vossas excelências”, declarou.
Genivaldo Lima (DEM), em suas palavras destacou que apesar dos “lados opostos”, sempre houve respeito pela colega e disse representar uma grande perda, sobretudo, em um momento que no cenário nacional existe uma campanha que incentiva a necessidade das mulheres brasileiras participar da política. “Perderemos uma pessoa brilhante, amiga, sincera, direta e que sempre nos ajudou”, revelou Lima.
A missionária Cleide Vieira (PSC), em seu discurso eloquente destacou também o sentimento de perda pela não representatividade de Miriam Prazeres a partir de 2017 e denominou palavras afetuosas a parlamentar.
“Você é um ser humano belíssimo. Mulher corajosa, valente, brilhante e que tenho certeza que não deverá sair da vida pública porque tem muito a contribuir com o crescimento de Simões Filho”, disse.
Também em bancadas opostas na Câmara, a vereadora Kátia Oliveira conseguiu emocionar mais ainda a colega. “Nos últimos dias de vida do seu irmão, convivi muito com ele junto com Dinha e ele sempre falava que te amava muito. Miriam quero dizer que onde você estiver terá sucesso porque é mulher que luta pelos seus ideais com muita responsabilidade e humanidade”, declarou.
Por fim, Miriam Prazeres agradeceu a todos os profissionais da Câmara, desde a limpeza aos amigos que possuem mandatos, as autoridades do município, a imprensa local e declarou que sai de cabeça erguida pelo sentimento de dever cumprido e as relações harmoniosas com os parlamentares.
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