O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) notificou a empresa PIER 8 Marina LTDA para que apresente um Plano de Recuperação Ambiental (PRA) referente à área afetada pelas obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) Salvador-Simões Filho.
De acordo com documento divulgado pelo órgão nesta terça-feira (14), a medida tem como objetivo reparar os danos causados em uma Área de Preservação Permanente (APP) de manguezal na região de Mapele, zona rural de Simões Filho, próximo à Baía de Aratu.
Sobre o projeto do VLT
O projeto inicial do VLT, que vai ligar Simões Filho a Salvador, foi modificado com autorização do Inema em maio do ano passado. A alteração permitiu adequações em um trajeto de cerca de 16,6 km, integrando infraestrutura moderna e capacidade de transporte para 400 passageiros por composição, numa primeira fase.
O trecho do Lote 1 abrange áreas entre os bairros da Calçada, na capital, e Ilha de São João, em Simões Filho, além de Mapele. Estão previstas 17 paradas, uma estação, e obras como a restauração da Ponte São João.
Recentemente, o Inema autorizou a supressão de vegetação nativa e o manejo de fauna para viabilizar a implantação do modal, com validade de seis anos.
Impactos ambientais e medidas exigidas
Durante uma vistoria realizada em fevereiro do ano passado, foram identificados impactos como terraplanagem e supressão de vegetação, além de apreensão de madeira. A empresa deverá apresentar imagens e documentos comprovando o destino da madeira apreendida, com prazo de 60 dias. Caso não cumpra a exigência, poderá sofrer sanções com base na legislação ambiental baiana.
A Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB) também contratou uma empresa especializada, a Oficina Engenheiros Consultores Associados Ltda., por R$ 96.300,00, para estudar a implantação do VLT na Cidade Baixa de Salvador, substituindo o trem do subúrbio.
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