A idosa Thereza de Jesus Garcia, de 78 anos que foi agredida por enfermeiro na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM), em São Paulo, morreu no último domingo (30). De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a morte “se deu por complicações pós-cirúrgicas, como insuficiência renal e cardíaca”.
Thereza foi submetida a uma cirurgia vascular em 13 de março. Porém, na madrugada do dia 16 de abril, teria sido agredida por um funcionário enquanto se recuperava na UTI do hospital. Durante a manhã, após a troca do plantão, um médico constatou a presença de hematomas no rosto da paciente.
Ao ser questionada, a idosa relatou ter sido atacada por um dos enfermeiros que foi, então, identificado e afastado. Os familiares foram notificados do ocorrido pelo próprio hospital. Em vídeo divulgado pelos filhos nas redes sociais, Thereza aparece com ferimentos no rosto e relata ter sido hostilizada após pedir por um “gole de água.” “Ele me xingou de todo nome e foi me bater. Bateu até cansar”, conta ela.
Em nota, a direção do hospital informou que “uma sindicância está em andamento para investigar os fatos” e que o incidente também está sendo investigado pelo Conselho Regional de Enfermagem e pelo 73º Distrito Policial do Jaçanã. À época da denúncia, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que, caso seja comprovada a agressão, “serão tomadas as medidas cabíveis, como advertência, suspensão ou até mesmo exoneração do funcionário.”
O HSPM afirma que Thereza era “uma paciente idosa e com doenças preexistentes que agravavam o quadro clínico geral”. O hospital alega que sua morte se deu por complicações pós-cirurgicas “apesar de todos os esforços da equipe médica.”
O sepultamento da idosa ocorreu no Cemitério Parque da Cantareira na última segunda-feira. O funcionário suspeito de agressão segue afastado e o caso continua investigado pela direção do hospital
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