O Brasil já registra 1.003 mortes por complicações da gripe H1N1, um aumento de 13% em relação à última semana, quando havia 886 casos contabilizados.
É o maior número de mortes pelo vírus da gripe H1N1 já registrado depois da pandemia ocorrida em 2009, quando houve 2.069 mortes no país. Naquele mesmo ano, também foram contabilizados 50.482 casos graves relacionados ao vírus.
Antes, o recorde anterior pós-pandemia havia ocorrido em 2013, quando houve 768 mortes pelo vírus H1N1. Os dados são de novo boletim do Ministério da Saúde, divulgado nesta quarta-feira (22). O balanço traz informações registradas entre 1º de janeiro até 11 de junho.
Para especialistas, a epidemia antecipada e as mudanças climáticas são alguns dos fatores que ajudam a explicar o aumento de casos. Neste ano, a epidemia de gripe começou ainda no primeiro trimestre -ou seja, mais cedo do que o esperado para o aumento de casos, situação que ocorre geralmente com o início do inverno.
O vírus H1N1 também tem sido predominante entre os registros de casos graves de gripe neste ano. Ao todo, ele responde por 85,5% dos atendimentos contabilizados por meio das internações na rede de saúde.
Desde janeiro até 11 de junho, já são 6.096 casos de síndrome aguda respiratória grave por casos de gripe, situação que ocorre quando há sinais de agravamento dos sintomas, como falta de ar. Destes, 5.213 foram pelo vírus H1N1. São Paulo responde por cerca de metade dos casos, seguido do Rio Grande do Sul e Paraná.
VACINAÇÃO
O aumento de casos graves e mortes por H1N1 neste ano já faz com que o Ministério da Saúde estude antecipar a campanha nacional de vacinação contra a gripe em 2017. Geralmente, ela ocorre entre abril e maio.
A ideia é que, com a vacinação antecipada, a população já esteja protegida também mais cedo contra alguns tipos de vírus da gripe. Além do H1N1, a vacina protege contra o vírus H3N2 e influenza B.
O governo também estuda ampliar a faixa etária para a qual a vacina é indicada. Hoje, a imunização anual está disponível na rede pública apenas para grupos considerados de maior risco de complicações da doença.
São eles: idosos, crianças de seis meses a cinco anos, gestantes e mulheres que deram à luz há até 45 dias, trabalhadores de saúde, povos indígenas, presos, funcionários do sistema prisional e pessoas com doenças crônicas.
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