A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (15) que a Petrobras “tem se adaptado” às dificuldades econômicas enfrentadas e que não descarta a adoção de uma política por parte do governo para salvar a estatal.
Durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, a presidenta disse que há outros fatores que influenciam o preço do petróleo, além da Petrobras, como a redução do câmbio em vários países, com exceção da União Europeia.
Perguntada se a União poderia ajudar a estatal a se capitalizar, Dilma não respondeu de forma direta, mas disse que o governo vai continuar analisando os desdobramentos da queda no preço do petróleo para decidir o que fará.
“O petróleo a preço mais baixo vai alterar de forma substantiva a economia internacional. É óbvio que o petróleo em níveis menores será sempre preocupante. O que nós faremos será em função do cenário nacional e internacional. Nós não descartamos que será necessário fazer uma avaliação se esse processo continuar. Agora, não somos nós, governo brasileiro, que descartamos. Nenhum governo vai descartar, incluindo a política do Fed [Banco Central dos Estados Unidos] de redução de juros”, disse.
De acordo com a presidenta, um “processo de recuperação” ocorrerá em todos os países, a partir do momento em que, em decorrência da desvalorização das moedas estrangeiras e do real, houver consequências não somente no aumento da exportação mas também na produção interna de insumos.
“Eu acredito que nessa questão do preço do petróleo estão embutidas muitas coisas além da Petrobras. Ela tem força para se manter. Ela produz petróleo em um preço muito baixo. Ela tem essa expertise, todo mercado sabe que ela produz a um custo baixo. Diante desse fato, ela tem se adaptado. Ela tem diminuído, por exemplo, seus investimentos. Não porque ela queira. É porque, se ela não fizer isso, não sobrevive. Ela toma também suas medidas”, afirmou.
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