Geddel Vieira Lima deixa cargo de ministro após polêmica envolvendo seu nome


No texto, Geddel fala que retorna para a Bahia torcendo pelo governo e tece elogios ao presidente da república

O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB), deixou o cargo após envolvimento em uma polêmica para liberar um empreendimento em Salvador. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Geddel comunicou a decisão aos seus aliados e ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB).

O presidente Michel Temer (PMDB) já foi comunicado e aceitou o pedido. A informação foi confirmada pela assessoria da do Palácio do Planalto.

Na carta de demissão, Geddel fala que retorna para a Bahia torcendo pelo governo e tece elogios ao presidente da república. O político ainda justifica que sua saída do cargo é por conta do volume de críticas envolvendo seu nome. “Em Salvador, vejo o sofrimento dos meu familiares. Quem me conhece sabe ser esse o limite da dor que suporto. É hora de sair”, escreveu.

Foto: Reprodução

 Polêmica
O edifício La Vue está no centro da polêmica envolvendo o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. No último fim de semana, ele foi acusado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de pressioná-lo na liberação do empreendimento, onde o peemedebista diz ter comprado um apartamento.

Marcelo Calero acusou Geddel de pressioná-lo para liberar uma obra em Salvador
(Foto: Lúcio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados)

Geddel nega a pressão contra o ex-colega.

A Justiça Federal determinou a imediata paralisação das obras e a suspensão da comercialização das unidades habitacionais do edifício La Vue, sob pena de incidência de multa no valor de R$ 10 mil por dia em caso de descumprimento.

A decisão da juíza substituta da 4ª Vara Federal, Roberta Dias do Nascimento Gaudenzi, ratifica a determinação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que havia embargado a obra na quinta-feira passada.

A construtora Cosbat, responsável pelo empreendimento, afirmou por meio da assessoria que as obras e as vendas estão paralisadas temporariamente desde o embargo do Iphan.

A ação é de autoria do Instituto dos Arquitetos da Bahia. A entidade entende que o edifício na Ladeira da Barra está localizado no entorno de patrimônios tombados, como a igreja e o outeiro de Santo Antônio e que, por isso, não poderia ter mais que 13 pavimentos. O projeto original previa um total de 31 andares.

Correio24horas