Força-tarefa estuda relação entre Zika e microcefalia


Segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, foram confirmados 1.326 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita, em todo o Brasil.

Eles ocorreram em 484 municípios de 25 unidades da Federação, exceto no  Acre e em Santa Catarina.

Desses casos, 205 tiveram confirmação por critério laboratorial específico para o vírus Zika, além de 56 óbitos confirmados por microcefalia.

Essa epidemia assustou o país, e instituições se uniram para estudar o vírus Zika e tentar encontrar uma solução para o problema.

A Rede Zika, como vem sendo chamada a força-tarefa, envolve 42 laboratórios que estão trabalhando para compreender melhor o vírus, tornando possível aperfeiçoar o diagnóstico e desenvolver terapias e vacinas.

Ao programa Amazônia Brasileira, da Rádio Nacional da Amazônia, o professor-assistente do Departamento de Imunologia da Universidade de São Paulo (USP), Jean Pierre Schatzmann Peron, falou sobre um estudo da Rede Zika que comprova a relação causal entre o vírus Zika e a microcefalia.

“É interessante salientar que muitos bebês também têm um peso e medidas reduzidas, então são dados que vão ao encontro da ideia de que o vírus não causa apenas microcefalia, mas também uma restrição de crescimento intrauterino”.