Fenaban propõe reajuste de 7% e abono de R$ 3,3 mil para bancários


A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou nesta sexta-feira (09), à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e à confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec) uma nova proposta de aumento na remuneração dos bancários, que consiste em um reajuste de 7% para os salários e benefícios, somado a um abono de R$ 3,3 mil a ser pago até dez dias após a assinatura do acordo.

Segundo a Fenaban, o valor fixado para o abono está 10% acima da proposta inicial apresentada no dia 29 de agosto e, somado ao reajuste no salário, é superior à inflação prevista para os próximos doze meses.

“A Fenaban entende que o modelo de aumento composto por abono e reajuste sobre o salário é o mais adequado para o atual momento de transição na economia brasileira, de inflação alta para uma inflação mais baixa”, afirma a entidade em nota. O reajuste será aplicado também à participação nos lucros e resultados (PLR) paga pelos bancos aos funcionários.650x375_bancos-movimento-greve-salvador-agora_1665986

Os bancários estão em greve há quatro dias. Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a paralisação atinge 822 locais de trabalho na região, que estão fechados, sendo 19 centros administrativos e 803 agências, envolvendo 41 mil funcionários. Os trabalhadores deverão discutir os rumos da paralisação na próxima segunda-feira (12), durante assembleia da entidade. Antes disso, nesta sexta-feira, o comando de greve se reúne.

A categoria reivindica reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando uma inflação acumulada de 9,31%. Além disso, o sindicato pede o pagamento de três salários mais R$ 8.297,61 em participação nos lucros e resultados, bem como a fixação do piso salarial em R$ 3.940,24.

Bancários –  A comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação CEBNN/CONTEC rejeitou a contraproposta. A categoria insiste na melhoria da oferta e afirma que o percentual oferecido “sequer cobre a inflação do período, registrada em 9,57%”.

O presidente da CONTEC e coordenador da CEBNN, Lourenço Prado, criticou a proposta dos patrões, destacando os lucros obtidos pelas instituições nos últimos meses. “O que estão nos oferecendo hoje não cobre nem a inflação do período, por isto a greve geral da categoria seguirá forte até que os bancos atendam nosso pleito”. As negociações devem ser retomadas na terça-feira (13), em São Paulo. Com informações do Estadão Conteúdo.