Federação baiana reconhece participação de transexuais e travestis em quadrilhas juninas


A Federação Baiana de Quadrilhas Junina (Febaq) permitiu a inclusão de travestis e transexuais no corpo de dança das quadrilhas. A participação deles era proibida. O presidente da entidade, Carlos Brito, convidou o Grupo Gay da Bahia (GGB) para auxiliar na mudança do artigo do Estatuto da Entidade que proibia a participação.

“As quadrilhas que se apresentassem com casais destoantes do tradicional, podia até ser, mas perdia ponto na avaliação da apresentação”, disse Cerqueira.

O presidente do GGB, Marcelo Cerqueira, convidou a advogada baiana Carol Passos para reformular o artigo 4.3 do estatuto que recebeu novo texto: “Artigo 4.3: Na apresentação da Quadrilha estará permitida a participação de Travestis e Transexuais que, comprovadamente, vivam socialmente de acordo com a identidade de gênero auto-declarada”.

A presença de travestis e transexuais no corpo de dança já é permitido pelas principais federações nordestinas e a Bahia reconhece e acompanha essa transformação em relação aos gêneros, concedendo este direito de participação democrática.

“Com essa inclusão, temos a certeza que demos um passo muito importante, em respeito à diversidade LGBT”, declarou o presidente da Federação.

O festival de Quadrilhas Juninas da Bahia acontece de 15 a 18 de junho, na Praça da Revolução em Periperi, no Subúrbio Ferroviário de Salvador.