Uma moradora de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), fez uma grave denúncia, na manhã desta quinta-feira (03), sobre a situação do transporte alternativo do município.
A mulher, que sofre de problemas nos ossos, relatou que na tarde de ontem (02), quando tentou utilizar um microônibus da cooperativa Coostaf, que faz o transporte alternativo no município, foi retirada de dentro do veículo pelo motorista, que ainda lhe proferiu diversos xingamentos.
“Eles não querem pegar passes. Ontem eu fui para o ponto do Mercado pegar um carro e o motorista fez a gente descer, xingando o nome da “pelada” dentro do carro. Na hora que eu entrei o cobrador desceu dizendo que não ia me levar porque já tinha mais de três passes, mas não tinha”, afirmou ela chorando.
A moradora, que diz não ser a única a passar por este tipo de constrangimento, contou também que cada veículo tem demorado em média 40 minutos parado nos pontos, o que atrasa a vida de quem depende do transporte alternativo para se deslocar.
“A gente não sabe mais o que faz. Quando chega a partir das 17h, eles não querem levar mais passes, é uma dificuldade pros carros saírem para Góes Calmom e Oitizeiro, ficam 40, 50 minutos no ponto”.
A senhora disse ainda que apesar dos chamados “Ligeirinhos” estarem contribuindo com o transporte de passageiros para as localidades que o sistema alternativo não comporta, infelizmente eles não aceitam os passes, o que obriga os passageiros com necessidades especiais a ficarem a mercê da boa vontade de um ou outro motorista.
O transporte público de Simões Filho está passando por um período de transição em que o Ministério Público determinou um prazo máximo de 5 meses, contados a partir de julho para que a prefeitura realize o acordado no Termo de Ajuste de Conduta (TAC), assinado pelo prefeito Diógenes Tolentino no dia 04/07.
No último dia 22, permissionários realizaram uma manifestação, onde simularam o sepultamento do secretário de Mobilidade Urbana, Jackson Bonfim pedindo melhorias e segurança, após um microônibus da cooperativa ter sido queimado no bairro Simões Filho I.
De acordo com o secretário Jackson Bonfim, com relação à segurança pública falta um apoio do Governo Estadual, que deveria desenvolver alguma ação em combate à clandestinidade e a marginalidade, mas que a Secretaria de Mobilidade Urbana (SEMOB) tem uma preocupação diária com a situação.
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