Subiu para 73 o número de mortos no terremoto de magnitude 6,2 que atingiu a região central da Itália nesta quarta-feira (24). Desse total, 53 são da região do Lazio, e 20 no município de Arquata Del Tronto, em Marcas. As informações são da Agência Ansa.
O tremor teve seu epicentro a 2 quilômetros de Accumoli, que fica a apenas 60 km da cidade de Áquila, capital da província homônima. Até mesmo em Roma, capital italiana, foi possível sentir o tremor. O resgate das vítimas segue em andamento.
(Foto: AFP) |
Na manhã de hoje, o prefeito de Accumoli, Stefano Petrucci disse que a cidade desapareceu depois do terremoto. “Minha cidade não está mais aqui. Agora que a luz do dia chegou, vemos que a situação é ainda mais terrível do que temíamos, com edifícios em colapso, as pessoas presas sob os escombros e nenhum som de vida”.
E ele não foi o único a relatar as consequências da tragédia. O fotógrafo Emiliano Grillotti falou ao jornal “Repubblica” sobre o que viu após o desastre. “Eu podia ouvir as crianças gritando”, contou.
“Aqui não tem mais nada. Só escombros. É verdadeiramente impressionante, parece um bombardeio”, declarou a presidente da Câmara dos Deputados da Itália, Laura Boldrini, ao visitar Pescara Del Tronto, distrito de Arquata Del Tronto, uma das cidades mais atingidas pelo tremor.
Boldrini é natural da região de Marcas, onde fica o município. “Agora é preciso pensar em quem está debaixo [dos escombros]”, acrescentou.
(Foto: AFP) |
Igreja doa 1 milhão de euros
A Conferência Episcopal Italiana (CEI) determinou a imediata destinação de 1 milhão de euros (R$ 3,66 milhões) para as operações de socorro nas áreas atingidas pelo terremoto na Itália.
O dinheiro será usado para cobrir necessidades especiais e primeiras emergências. A entidade também fará uma arrecadação em todas as igrejas do país em 18 de setembro, quando acontece seu 26º Congresso Eucarístico.
Papa lamenta
Em sua audiência geral de hoje, o papa Francisco manifestou “grande dor” pelo terremoto que “devastou zonas inteiras e deixou mortos e feridos” na região central da Itália. O pontífice disse ter ficado “fortemente comovido” ao saber que a cidade de Amatrice foi destruída e que há crianças entre os mortos.
“Exprimo minha proximidade às pessoas presentes em todos os lugares atingidos pelo tremor, a todas as pessoas que perderam entes queridos e àquelas que ainda se sentem afetadas pelo medo”, acrescentou.
(Foto: AFP) |
Desabrigados
A cidade de Accumoli, uma das atingidas pelo terremoto desta quarta-feira (24) na Itália, já contabiliza 2,5 mil pessoas desalojadas, tendo apenas 667 habitantes.
De acordo com o prefeito Stefano Petrucci, 2 mil delas são turistas que estavam no município para as férias de verão. Accumoli abriga edifícios históricos e faz parte do Parque Nacional del Gran Sasso e Monti della Laga, o terceiro maior do país.
“Tentaremos ajudar a todos, mas será melhor se deixarem a cidade”, afirmou. O número de mortos em Accumoli, que fica na região do Lazio, já chega a seis. Ainda segundo Petrucci, o sismo deixou todas as casas do município “impróprias” para habitação. Com informações do CORREIO.
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