Estudantes simõesfilhenses representam maioria dos selecionados para compor Orquestra Neojiba em 2017


A Orquestra Juvenil da Bahia, a Orquestra Castro Alves (OCA) e o Coro Juvenil, que fazem parte do Neojiba, retornaram à rotina de ensaios no Teatro Castro Alves (TCA), em Salvador, neste início de fevereiro. Como resultado das audições públicas realizadas em janeiro, 227 crianças, adolescentes e jovens, com idades entre 11 e 29 anos, foram selecionados para essas que são as principais formações musicais dos Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia.

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As crianças, adolescentes e jovens, aprovados na primeira chamada das audições públicas para as orquestras Juvenil da Bahia e Castro Alves e Coro Juvenil, são moradores de mais de 60 bairros de Salvador, quatro cidades do interior da Bahia e cinco cidades de outros Estados. Na capital, grande parte dos novos integrantes reside nos bairros Nordeste de Amaralina, Federação, Cosme de Farias e Pernambués. Da Região Metropolitana , Simões Filho,  onde o Neojiba mantém um Núcleo de Prática Orquestral e Coral em parceria com as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) – foi o município com maior número de selecionados, junto com Jacobina.

Em 2017, dos 87 aprovados no edital da Orquestra Castro Alves, 60% são adolescentes e jovens que integravam esta orquestra em 2016. Entre os novatos, 40% são oriundos dos Núcleos de Prática Orquestral e Coral sediados nos bairros Federação, Bairro da Paz, Península de Itapagipe, Simões Filho e Feira de Santana.

Novas audições estão abertas para completar as vagas remanescentes e as inscrições seguem até 26 de fevereiro. Para a Juvenil da Bahia há um total de 26 vagas para violino, violoncelo, clarinete, oboé, fagote, trompa e piano. Já para a OCA, são 18 vagas ao todo para violino, viola, contrabaixo, fagote e percussão. Os interessados devem ler os editais publicados no site do Neojiba.

Além dos ensaios e das apresentações públicas, os selecionados têm acesso gratuito a uma formação pedagógica de excelência e serão corresponsáveis pela formação dos mais de 1.500 integrantes dos 11 Núcleos de Prática Orquestral e Coral do Neojiba em Salvador e interior do Estado. Além disso, os adolescentes e jovens serão sensibilizados e convidados a realizar ações de formação com os projetos parceiros do Programa, através das iniciativas do Neojiba nos Bairros e Rede de Projetos Orquestrais da Bahia.

Os integrantes das principais formações musicais do Neojiba podem permanecer no Programa até completarem 29 anos. Porém, todos os anos, têm que participar das audições públicas que criam oportunidade de ingresso para outras crianças, adolescentes e jovens e funcionam como momento de avaliação para aqueles que já fazem parte.

Além do limite etário e do sistema de avaliação anual realizado via edital público, alguns músicos se desligam do Programa por iniciativa própria. É o caso de integrantes da Orquestra Juvenil da Bahia que deixaram o grupo no final de 2016 em busca de outros espaços de formação e prática musical. Entre eles, há jovens que ingressaram na Escola de Música da UFBA e outros estão dando continuidade aos seus estudos no exterior, como Erica Smetak, 18 anos, oboé, estudante da Haute École de Musique (Escola Superior de Música de Genebra); Caio de Azevedo, 22 anos, violoncelo, que cursa o mestrado em composição no Hochschule für Musik und Theater (Conservatório de Música de Munique); Karen Silva, 28 anos, violino, estudante do Institutt for musikk og dans, da Universitet i Stavanger (Instituto de Música e Dança da Universidade de Stavanger), na Noruega; e dos percussionistas, Tainnã Batista e Everton Isidoro Santos Silva, que participam de projetos musicais nos EUA.

Em 2017, o Neojiba, programa vinculado à Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), do Governo do Estado, completa 10 anos. Ao longo do ano, esses jovens músicos irão se preparar para uma série de atividades comemorativas a essa data. Entre as ações, estão caravanas pedagógicas, concertos em Salvador, no interior da Bahia e em outras capitais brasileiras, além de práticas sociais em bairros e escolas da rede estadual.