Estudantes cobram do governo e ocupam CEEP Irmã Dulce em Simões Filho contra “descaso com a educação“


Estudantes ocuparam o Centro Estadual de Educação Profissional em Serviços e Processos Industriais Irmã Dulce (CEEP), em Simões Filho, na manhã desta segunda-feira (31). Eles protestam contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC), aprovada no Congresso Nacional que pretende limitar gastos públicos, além de pontuar o “descaso com a educação”, por parte do governo.https://scontent.fgig1-4.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/

A reportagem ouviu alguns alunos do 3º e 4º ano do curso técnico em Química que informaram que a ocupação que deverá se estender durante toda a semana, é um ato para chamar a atenção das autoridades e que oportuniza às comunidades discutirem assuntos que estão sendo deliberados sem o consentimento social pelo governo.

Os alunos aderiram ao protesto ordeiro e acreditam que as propostas defendidas por todo o corpo discente da instituição tem como expectativa conquistar direitos de melhorias na área de educação, sobretudo, pela questão de “calamidade pública”, em que estudantes, principalmente, secundaristas vivem nas escolas que estão sucateadas, inclusive, sem laboratórios adequados para realização de pesquisas.https://scontent.fgig1-4.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/

De acordo com a aluna Carla Rocha, do 4º ano técnico em Química, o movimento defende melhorias desde a estrutura física do CEEP Irmã Dulce, além da inspeção e fiscalização de materiais, a transparência da escola para os alunos e o acompanhamento para os cursos. A classe discente cobra ainda a formação dos professores com especialização específica para a disciplina que lecionam. Entre a pauta de reivindicações também elencam a necessidade de material didático, a realização de visitas técnicas que estão ausentes, atividades específicas para os cursos, a falta de estrutura nas feiras, contratação de funcionários e a reformulação da alimentação dos estudantes.

“O movimento é realizado pela classe discente com o apoio dos pais, professores, União Municipal de Estudantes Secundaristas (UMES) e a União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES)”, explicou Levi Bastos, aluno do 3º ano do curso técnico em Química.

“O ato é por tempo indeterminado porque estamos reivindicando nossos direitos”, acrescentou o estudante Douglas Santana.

A estudante Milena Chaves, também do 3º ano técnico em Química esclareceu que o ato nesta segunda-feira e que irá prosseguir durante a tarde e a noite, focou em conscientizar, através, de uma assembleia geral sobre a finalidade da decisão de ocupar a CEEP Irmã Dulce. A partir desta terça-feira (01), a previsão é que aconteçam palestras, grupos de estudos e reforço escolar.

A CEEP Irmã Dulce é uma instituição de ensino que tem como missão formar alunos e capacitá-los para o mercado industrial.