O Estudante de direito, Pedro Baleotti, de 25 anos, foi expulso da Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo após protagonizar um vídeo de teor racista durante as eleições do último ano. Nas imagens, Baleotti aparece dizendo que “a negraiada vai morrer”. Na época, ele foi também demitido do escritório de advocacia em que estagiava.
“Os trâmites institucionais foram cumpridos e o aluno foi expulso, receberá todos os documentos quanto aos créditos cumpridos. A instituição não coaduna com atitudes preconceituosas, discriminatórias e que não respeitam os direitos humanos”, diz nota da universidade ao confirmar a decisão.
De acordo com o G1, na noite de quarta-feira (9), o coletivo Afromack, que organizou protestos contra o aluno, agradeceu a mobilização de todos que protestaram pela expulsão do aluno que foi suspenso após a viralização do vídeo.
“Agradecemos todos que endossaram a luta, que compareceram aos protestos e se indignaram com o racismo presente na ação do aluno. A referida decisão demonstra a seriedade e o compromisso da universidade no combate ao racismo. O que é de suma importância não somente para comunidade mackenzista, mas para toda sociedade”, disse a nota do coletivo.
Também em outubro, a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) indiciou o acusado por crime racial. No vídeo gravado por Pedro, o ex-estudante da Mackenzie aparece usando uma camisa do então candidato Jair Bolsonaro (PSL). “Indo votar ao som de Zezé, armado com faca, pistola, o diabo, louco pra ver um vadio vagabundo com camiseta vermelha e já matar logo, ó, tá vendo essa negraiada (apontando a câmera para uma moto ocupada por duas pessoas), vai morrer, vai morrer, é capitão caralho!”, declarou.
Para a polícia, Pedro disse que gravou o vídeo a caminho do seu local de votação, em Londrina, e o divulgou em um grupo de WhatsApp. Arrependido, afirmou que apagou as imagens, mas elas já haviam sido disseminadas. Para a TV Globo, ele deu entrevista afirmando que não é racista nem preconceituoso e se desculpou pelo “áudio infeliz”.
Bahia Noticias
Deixe seu comentário