A vida dos moradores de diversos bairros no município de Simões Filho na Região Metropolitana de Salvador (RMS) tem se tornado um verdadeiro caos. Escuridão, falta de saneamento básico, lixo nas ruas e escolas abandonadas tem se tornado rotina na vida dos moradores.
Um fato interessante que o Mapele News constatou é que a maioria das reclamações parte das comunidades nas quais os vereadores eleitos que compõem a base governista, como os bairros: Simões Filho 1, Góes Calmon, Mapele, Cristo Rei, Engenho Novo e Coroa da Lagoa.
A nossa equipe resolveu iniciar uma série de reportagem nessas comunidades para verificar como anda a evolução dos bairros e se as demandas das comunidades, que em sua maioria já foram solicitadas ao Executivo através dos parlamentares, foram atendidas.
Nesta quinta-feira (26) a nossa equipe esteve visitando as comunidades da Coroa da Lagoa e Baixa da Jaqueira e constatou uma situação bastante desagradável, que está tirando o sossego da população: a falta de iluminação pública.
A comunidade escolar e circunvizinha do Colégio Estadual Polivalente de Aratu e da Escola Municipal Luterana Concórdia, localizados entre os bairros estão vivendo momentos de pânico. De acordo com os estudantes, a sensação de perigo no entorno das unidades escolares é constante. No local, a iluminação pública praticamente não existe.
Nos fundos das escolas, onde tem um caminho que dá acesso a Baixa da Jaqueira e outro que interliga os bairros à BR 324, a escuridão é ainda pior e os alunos que utilizam os atalhos para chegarem mais rápido a unidade escolar, se arriscam entres os caminhos de terra.
“A situação aqui é essa, sem iluminação, sem asfalto sem nada. Fica muito difícil quando os estudantes passam para ir para o colégio. A noite aqui é feio, a gente passa com medo por causa da situação”, revelou o estudante Rodolfo.
Segundo os moradores, vários assaltos já aconteceram nos arredores da escola. Carros roubados abandonados no local ou até incendiados também é comum e tudo isso aumenta ainda mais a sensação de insegurança. O lugar também costuma ser frequentado por casais, preservativos usados e seringas são facilmente encontrados no local.
Diante do sufoco, a comunidade demonstra indignação. Um morador que preferiu não se identificar chegou a dizer que o descaso com a comunidade é vergonhoso e questiona o gestor municipal pela dificuldade em atender os pedidos do povo.
“Isso é uma vergonha. Todos nós acreditamos em Dinha e achamos que ele traria mudanças para nossa cidade, mas a coisa fica pior a cada dia. Às vezes fico pensando que ele deve está querendo se vingar da população por não ter eleito ele nos anos anteriores, mas eu acredito que se ele não ganhou antes, é porque não estava preparado e agora que está à frete da gestão municipal, continua demonstrando despreparo. O caso é complicado”.
Ainda conforme relato do morador, a comunidade está na expectativa que o gestor apareça na redondeza pedindo votos para a primeira-dama e pré-candidata a deputada estadual Kátia Oliveira, para isso, o discurso do povo já está ensaiado. “Vamos mandar ele buscar votos para mulher dele no inferno, porque aqui ele nunca mais se elege”, desabafou o morador.
Há informações de que o vereador Cleiton Boly Boly, que representa aquele reduto político já encaminhou diversos ofícios e apresentou indicações referentes à iluminação pública e infraestrutura nos bairros, mas até agora nada foi feito. A reportagem entrou em contato com o vereador para esclarecer as informações, mas ele preferiu não comentar o caso.
Veja algumas imagens do local:
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