O Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA) apertou o cerco contra o ex-prefeito de Paulo Afonso, Anilton Bastos (PDT), e o atual gestor Luiz de Deus (PSD), por causa de um contrato firmado com a Cooperativa de Serviços de Saúde Coonectar, mesma empresa que atualmente administra a UPA e os postos de saúde de Simões Filho na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
O contrato que é alvo de investigação foi firmado entre a prefeitura da cidade baiana e Cooperativa de Trabalho nas Atividades das Áreas de Saúde, Promoção e Desenvolvimento Humano (Coonectar) no valor de R$ 27,1 milhões no ano de 2016.
Segundo o TCM, o contrato firmado com a Coonectar não foi encaminhado ou apresentado à Corta, que questiona a regularidade do procedimento licitatório. Ainda de acordo com o tribunal, “o gestor não se manifestou, nem apresentou qualquer documento acerca da irregularidade registrada”.
Diante das suspeitas de irregularidade no contrato, o ex-vereador de Paulo Afonso, Daniel Luiz, protocolou uma denúncia do caso no Ministério Público Federal (MPF) da cidade. “Um contrato escuro com a Coonectar no valor de vinte e sete milhões de reais em que a empresa não prestou serviços”, acusou o ex-vereador.
Em Simões Filho, a Coonectar venceu a licitação Modalidade Pregão Presencial Nº009/2018, em conformidade com diretrizes das políticas de saúde do município, tipo Menor Preço Global, mas desde que assumiu o gerenciamento da saúde a empresa está em dívida com os servidores.
Na manhã desta terça-feira (19) alguns funcionários chegaram a denunciar a empresa por falta de pagamentos. De acordo com os servidores, a empresa não paga salários desde maio, também não responde aos telefonemas e estão com as portas do espaço que sedia a Cooperativa sempre fechadas.
A reportagem do Mapele News tentou entrar em contato com a empresa para esclarecer as informações, mas não obteve êxitos. A Secretaria de Saúde ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.
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