Editorial elas que comandam: responsabilidade, respeito, confiança, valorização e credibilidade


Quantas mulheres você conhece que ocupam cargos de liderança? Quantas gerenciam postos até pouco tempo tido como de homens? E na contabilidade, as mulheres têm avançado e ocupado esses espaços?

Todos os dias observamos mulheres chegando a lugares que nunca antes haviam se apossado: na presidência da República, no comando da bolsa de valores, na narração de jogos de futebol veiculados pela televisão e em outros postos de liderança, que, além da visibilidade, lhes proporcionam poder, reservando as especificidades de cada caso.

Na cidade de Simões Filho, que fica na Região Metropolitana de Salvador, essa tendência já é bastante comum e desde 2017 as mulheres são contempladas por ter responsabilidade, respeito, confiança e credibilidade, e um dos principais fatores, – honestidade -, e por isso, conquistaram postos de destaque e comandam cargos estratégicos e importantes na administração do atual prefeito do município, Dinha Tolentino.

Apesar dessas conquistas, as mulheres em Simões Filho, não tem esse olhar na questão política, a exemplo, nas eleições de  2020 dos 19 cargos no legislativo municipal nenhuma mulher foi eleita, um dado considerado por muito como discriminatório.

Assim como Simões Filho, mais de 900 cidades do país não elegeram nenhuma vereadora nas eleições de 2020 e, portanto, não tiveram nenhuma mulher ocupando vaga nas Câmaras Municipais a partir de 2021. Já em outras mais de 1,8 mil cidades, apenas uma mulher foi eleita, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

As eleições de 2020 mostram que as medidas para aumentar a representatividade feminina na política do país ainda não resultaram em um aumento expressivo de eleitas, já que, mesmo com mais de 30% de candidatas, apenas 16% dos vereadores que tomarão posse são do sexo feminino.

Já na questão da valorização em cargos do executivo, mesmo não tendo representantes no legislativo municipal  da cidade considerada a sexta maior economia do estado, as mulheres tem sido valorizadas em diversos postos. Das 15  secretarias municipais no governo de Dinha (MDB), pelo menos 10 mulheres comandam importantes pastas no serviço público. O prefeito tem reservado posições de destaque para as mulheres exercerem cargos de comando em secretarias, antes ocupadas por homens.

Exemplo disso pode ser comprovado nas pastas da comunicação, Vânia Santana; secretária municipal de Saúde, Iridan Brasileiro,  secretária de Educação, Mariza Bomfim,  secretária da Segov, Simone Costa, secretária de Esportes, Lazer e Juventude, Sirliane Ribeiro, secretária Municipal de Políticas Públicas para Mulheres; Andrea Almeida, Secretária de Desenvolvimento Social e da Cidadania, Andrea Pereira dos Santos.

O grau de valorização das mulheres na administração do prefeito Dinha também pode ser confirmado com a presença Laís Matos, Secretária de Administração, Jailce Andrade, Controladoria, Heliene Mota, superintendente da Educação, além de mais mulheres que ocupam outros cargos.

A busca da valorização das mulheres

A grande vitória marcada pela eleição de Kátia Oliveira como primeira deputada estadual do município de Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador (RMS), conquistada em 7 de outubro de 2018, tem uma importância significativa no contexto político do município, hoje muito bem representado pela parlamentar, com assento na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). Atualmente, ela é reconhecida como uma das principais lideranças que exerce forte influência política no Estado.

A deputada estadual, que é integrante da Comissão da Mulher na ALBA, vem sempre defendendo o fortalecimento das ações para incentivar a participação das mulheres na política e garantir que elas possam ter condições de igualdade para disputarem e ocuparem cargos públicos.

Para ela, é preciso aumentar o número de mulheres em cargos de poder para aprofundar o debate em torno de temas de interesse do público feminino, como por exemplo, a violência doméstica e a desigualdade nos salários com condições iguais de remuneração entre homens e mulheres.

Até 2030, a participação feminina no mercado de trabalho brasileiro deve crescer, enquanto a do homem vai cair, indica estudo do Ipea. Mudanças culturais, a conquista de direitos e um maior investimento em educação pelas mulheres explicam o movimento. Com mais anos de estudo e em maioria no ensino superior, elas se tornaram uma mão de obra mais qualificada do que a masculina, avaliam especialistas.

Os pesquisadores estimam que, daqui a 11 anos, 64,3% das mulheres consideradas em idade ativa, com 17 a 70 anos, estarão empregadas ou buscando trabalho. No início dos anos 90, essa parcela era menor (56,1%). Já a participação masculina deve encolher de 89,6% para 82,7% nessas quatro décadas.

As projeções foram feitas a partir de dados da Pesquisa Pnad Contínua, do IBGE. Elas não incorporam os efeitos da provável aprovação da reforma da Previdência, que fará com que os brasileiros se retirem mais tarde do mercado de trabalho.

Silvio Souza Mapele News