Cerca de 2 toneladas de carne clandestina foram apreendidas no final da manhã desta quarta-feira (11), pela equipe de inspeção da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (ADAB), no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Ao abordar o caminhão de carga que transitava com os produtos já fatiados, os fiscais identificaram carcaça de caprinos e cortes, carcaça de bovinos e produtos defumados (cortes e embutidos) transportados em más condições.
“Além de não apresentar nenhum selo de inspeção, os responsáveis transportavam a carga em condições inadequadas, em carroceria aberta de dois carros de passeio e sem refrigeração, oferecendo riscos à população, pois são produtos perecíveis que, caso não sejam armazenados e transportados seguindo as determinações técnicas, podem afetar a saúde pública se consumidos”, frisou o diretor-geral da ADAB, Maurício Bacelar.
A carga apreendida na estrada foi encaminhada para descarte à Graxsal, empresa qualificada para destruir os rejeitos de origem animal. A pesagem oficial marcou 1.750 kg e, de acordo com os fiscais, a carga é oriunda do abate clandestino. “No ato da apreensão, foi produzido um termo de inutilização e a carga foi encaminhada ao descarte”, enfatizou José Ramos, Coordenador de Inspeção Sanitária da ADAB.
Na semana passada, uma carga de 280 kg de cortes de frango congelados foi apreendida no mesmo ponto e encaminhada ao descarte. ”Apesar da carga constar, naquele momento, de documento de inspeção, as condições transportadas eram totalmente inadequadas. O termômetro deveria marcar 18° a 12° negativos e os produtos estavam acondicionados a 17°, o que poderia causar sérios danos à saúde, pois o consumidor terminaria levando para casa produtos com acelerado processo de degelo e muito mais vulnerável à deterioração”, reforça José Ramos.
O diretor da ADAB também destacou a parceria entre a Agência e a Polícia Rodoviária Federal. “Sempre que observam irregularidades, condições precárias de transporte e sem nota fiscal, produtos sem inspeção ou selo oficial, a PRF nos chama para avaliarmos a situação. Essa sintonia é essencial para mantermos a população segura e distante das doenças transmitidas pelos animais”, concluiu Maurício.
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