Duas pessoas morreram e 10 casos de H1N1 foram notificados na Bahia


Em pouco mais de dois meses, duas pessoas morreram com H1N1 na Bahia. Do início deste ano até o dia 3 de março, já são 10 casos notificados da gripe, sendo cinco confirmados. O número está muito acima do registrado no mesmo período de 2015, quando apenas um caso foi registrado, de um paciente vindo de São Paulo. A vacina continua sendo o meio mais eficaz, mas só volta a ser aplicada no mês de abril.

A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) ainda não sabe o motivo do aumento de casos da doença nesse ano, já que os pacientes confirmados não tiveram contato entre eles. Os casos estão sendo estudados. A principal forma de prevenir a doença é a vacina, que é renovada anualmente.

A gripe pode ser transmitida quando uma pessoa doente tosse próximo a outra, porque o vírus fica na saliva e sobrevive até oito horas no ambiente. Por isso, a indicação é lavar as mãos várias vezes ao dia, com água e sabão.

A doença tem sintomas parecidos com os da gripe comum, mas é bem mais agressiva. O paciente sente dores no corpo, tosse, febre e mal estar, mas eles geralmente permanecem por mais tempo.

“Vai evoluir com uma tosse que persiste e a parte respiratória começa a ficar bastante comprometida. Se evoluir para uma pneumonia por H1N1, então é um caso bastante grave”, explica a pneumologista, Tatiana Galvão. “Ele [o paciente] vai precisar ser internado em uma UTI, utilizar medicações de suporte para a parte respiratória, além da medicação específica para o vírus”, acrescenta.

Ramon Saavedra, coordenador de imunização da Sesab, explica que a vacina  precisa ser renovada a cada ano. “A vacina deste ano já é diferente da do ano passado. Já tem uma composição diferente, de acordo com a distribuição do vírus no mundo”, disse.

O médico infectologista Maurício de Souza destaca a importância da vacinação. “Eu consigo ficar imune ao H1N1 durante um ano, mas no outro ano também eu tenho que fazer a vacinação. É muito segura [a vacina] e muito efetiva”, explica.

Neste ano, a previsão de chegada da vacina na rede particular é para o início da abril. O ano passado, a dose custou R$ 80, em média.

Já na rede pública, a vacina é aplicada de graça nos postos de saúde, mas para um público definido: crianças a partir de seis meses e com menos de cinco anos; gestantes, mulheres que acabaram de dar à luz, trabalhadores da área de saúde, indígenas, idosos a partir de 60 anos, presos, e pessoas com problemas cardíacos, diabéticos, pacientes renais, asmáticos e portadores de outras doenças crônicas. Segundo a Sesab, a campanha de vacinação está prevista para 30 de abril.

G1