Dois casos de uma arbovirose rara foram confirmados na Bahia, nesta quinta-feira (27). A Febre de Oropouche, transmitida pelo maruim ou pela muriçoca, foi diagnosticada em uma criança de 10 anos e um adolescente de 16, em Salvador e em Lauro de Freitas, respectivamente.
De acordo com o médico infectologista Antônio Bandeira, os casos ocorreram em novembro e dezembro passados, mas foram confirmados apenas em junho, após conclusão de testes realizados no Instituto de Ciências da Saúde (ICS), da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
“Os testes deram negativo pra zika, chikungunya, dengue”, contou. Com a sequência das investigações, o diagnóstico de oropouche foi confirmado. Os sintomas são os mesmos das demais arborviroses: febre, dores no corpo e manchas vermelhas na pele. O tratamento, segundo o infectologista, também é semelhante: “hidratar bastante e depois tomar as medicações para os sintomas. Mas quem deve prescrever o tratamento é o medico”, alertou Bandeira.
Mais comum na Amazônia, a Febre de Oropuche nunca havia sido registrada no estado até 2016. De acordo com Bandeira, esses dois casos mostram que o vírus está circulando, uma vez que, nenhum dos infectados viajaram para a região amazônica.
A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) informou que ainda não foi notificada sobre a incidência da doença na Bahia e que não há registros anteriores da circulação do vírus no estado. No entanto, a pasta confirmou ao Correio da Bahia ter sido notificada dos dois casos da doença.
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