O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Gebreysus, rebateu as críticas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que insinuou na semana passada que não seguiria as recomendações da OMS por Tedros não ser um médico.
“Na OMS, só podemos dar conselhos. Não temos mandato para impor nada. Cabe a cada país aceitar ou não”, disse após ser questionado pelo UOL sobre os comentários de Bolsonaro. “Mas o que garantimos é que damos nossas orientações com base nas melhores evidências e ciência”, completou.
O diretor indicou que quem seguiu os conselhos da organização está em uma melhor situação hoje, em comparação com aqueles que não escutaram.
“No dia 30 de janeiro, declaramos emergência global. Naquele momento, só existiam 82 casos fora da China. Nenhum caso na América Latina e nem na África. Nada. Portanto, o mundo deveria ter escutado a OMS cuidadosamente [..] Isso é suficiente para entender a importante de escutar os conselhos da OMS. Quem seguiu está em melhor posição que outros. Isso é fato”, afirmou Tedros.
O diretor também alertou que apesar da queda nos números do coronavírus na Europa, a OMS acredita que existe um fenômeno de sub-notificações na América Latina e em outras partes do mundo.
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