Sem dinheiro nos cofres e com dificuldade para quitar a folha de pagamento dos funcionários, cerca de 75% das prefeituras baianas decidiram demitir trabalhadores para fechar as contas no final do ano.
A menos de dois meses de 2017 acabar e sem previsão de aumento da receita, além das dispensas de trabalhadores, pelo menos 50% dos prefeitos não devem conseguir pagar o 13º integralmente, segundo estimativa da União dos Municípios da Bahia (UPB).
As exonerações de trabalhadores começaram em agosto, quando os gestores perceberam as dificuldades para fechar as contas e pagar os salários. A situação gera um grave problema social, especialmente nas pequenas cidades, onde o serviço público representa a maior fonte empregadora.
Embora Simões Filho, na Região Metropolitana esteja acima do limite prudencial e as demissões tenham começado de forma retalhada no último mês de agosto, o prefeito Diógenes Tolentino garantiu que as finanças do município estão organizadas.
Em entrevista ao Mapele News na última sexta-feira (03), o gestor municipal disse que a segunda parcela do décimo terceiro salário dos servidores já está aprovisionado para o próximo dia 20 de dezembro.
“Nós estamos com a folha do servidor em dias. Já antecipamos 50% do décimo, vamos pagar os outros 50% no próximo dia 20 de dezembro. Nós estamos aprovisionando os recursos para liberar na data estabelecida”, garantiu o prefeito.
Dinha ainda comemorou o fato de que mesmo em período de crise econômica, os servidores de Simões Filho estarão fora do contexto de tantos outros municípios, em que os funcionários ficaram sem seus pagamentos.
“Enquanto muitos municípios estão preocupados com como vão pagar o Décimo e a folha de dezembro, nós estamos aqui, não vamos dizer tranquilos, mas estamos com nossa vida organizada, para que tudo isso ocorra naturalmente, sem que haja nenhum prejuízo para aquele que é responsável por toda esta condução, que é o servidor público”, destacou Dinha.
O 13º salário é uma importante bonificação aos trabalhadores desde que foi implantado no governo do ex-presidente João Goulart na década de 1960. Como em um ano se recebe normalmente 12 salários, o décimo terceiro é um abono para quem trabalhou durante todo o ano.
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