O líder da bancada da oposição na Câmara de Simões Filho, Genivaldo Lima (DEM), que se considerou ‘derrotado’ quando propôs a redução de 17 para 15 vereadores proposta na época recusada pelos parlamentares e duas abstenções de seus colegas, Kátia Oliveira (PMDB) e Luciano Almeida (PSDB), a cerca de dois meses atrás, nesta sexta-feira (15) foi categoricamente contrário à aprovação da Casa Legislativa que estabelece mais duas cadeiras nas eleições deste ano e representação em 2017.
Ecoando o discurso do seu grupo político que elogia outra realidade, se tratando de Salvador, Genivaldo Lima destacou a condução da Câmara da capital baiana que teria devolvido cerca de 7 milhões para à prefeitura. “O duodécimo não vai ser alterado, mas tem que olhar “o que está fazendo” e aqui infelizmente não há devolução de dinheiro para a prefeitura”, disse.
Conforme a justificativa do parlamentar, o aumento para 19 vereadores “não irá melhorar em nada no município e a questão defendida pelos favoráveis ao projeto sobre a ampliação de representatividade nos bairros”, não terá efeito se o executivo não faz sua parte.
As justificativas defendidas pelos vereadores da bancada da oposição, segundo o Presidente da Casa Joel Cerqueira contradiz o próprio papel deles.
“Fico me perguntando será que é desvalorizar o papel que eles mesmos se colocaram aqui nesta Casa”, questionou o Chefe do Legislativo que disse entender que o aumento no número de vagas, inclusive, favorece a bancada oposicionista, além de dar oportunidade aos que tem trabalhos prestados na cidade.
Pré-candidato a reeleição, mas considerado como “grande âncora” que fortalece os discursos de Neco Almeida a respeito da responsabilidade do grupo com a população, o ex-Secretário de Saúde, Dr. Alfredo Assis; defendido por expressiva participação popular de que “agrega a chapa governista”, para a equipe de reportagem revelou não entender as justificativas dos Vereadores de oposição, com relação à “celeuma criada”, já que nada irá interferir no duodécimo que é fixo, nem na questão financeira da Câmara.
“Votei a favor porque quanto mais representantes estiver nesta Casa é melhor para o povo de Simões Filho, mas eles têm que trabalhar pela população”, declarou Dr. Alfredo.
Durante as discussões, Vereadores da oposição afirmaram que a redução contribuiria para devolver recursos em prol de ajudar instituições e até um “ato de misericórdia” foi defendido, quando um Vereador questionou se a “colega” doaria o seu salário [subsídios], melhor dizendo, ela que demonstrou defender o cartaz de um munícipe que reivindica a possibilidade dos parlamentares receberem “somente um salário mínimo”.
Questionado sobre o que ele achava sobre esse fato, Dr. Alfredo chegou a sorrir ao considerar “demagogia”, e para alguns que estavam no Plenário: “um palco propício para o teatro”. “Eu quero ver se algum Vereador realmente doa o seu salário para uma instituição”, duvidou Assis.
Considerando como uma vitória também dos partidos favoráveis ao aumento e que encaminharam requerimentos a Casa, o Presidente do PSDC, Paulo Pessoa que encabeçou a “luta pelo cumprimento da Lei”, disse que desde 2013 a população paga por 19 vereadores.
“Não estamos atrás de projetos populistas que vêm enganar a sociedade. Simões Filho está pagando por 19 Vereadores desde 2013 e se a população paga pelos 19; que tenha esse número de cadeiras na Câmara”, esclareceu o líder partidário.
Ainda de acordo com Paulo Pessoa, é preciso o povo analisar e escolher pessoas com capacidade e determinação de falar a verdade. A pontuação do líder partidário, ‘coloca em cheque’, as justificativas da oposição de que “estariam preocupados com o povo”.
“Os que se posicionaram contra, eu respeito, agora eles estão contra a Lei e a Constituição e temos que respeitar a Carta Magna”, concluiu.
Deixe seu comentário