Delegada revela detalhes da Operação ‘Falsas Promessas’ e prisão de três influencers


Três influencers foram presos na manhã desta quinta-feira (5) durante a Operação ‘Falsas Promessas’, por suspeita de lavagem de dinheiro ligada a jogos de azar. Em uma entrevista coletiva, a delegada da Polícia Civil, Heloísa Brito, explicou como o grupo realizava a fraude, conseguindo aumentar rapidamente seus ganhos.

Foto: Ascom-PCBA / Divulgação

De acordo com a delegada, um dos influencers alegava que fez vendas eletrônicas, recebendo valores como R$ 300, mas anunciava prêmios muito maiores, chegando a mencionar valores de um milhão de reais. Ele não tinha como comprovar legalmente o quanto arrecadava em cada uma dessas transações, o que configurava a fraude para aumentar seus recursos e “legalizá-los”.

Brito também ressaltou que, apesar de pagarem prêmios para manter a credibilidade, o valor movimentado era muito maior do que o divulgado, o que se refletia no crescimento financeiro repentino dessas pessoas. “Há um ano, eles ganhavam cerca de dois a três mil reais, mas agora movimentam dez a cinquenta vezes mais em suas contas, sem preocupação de ocultar a origem do dinheiro, utilizando até mesmo seus próprios CPF’s”, disse a delegada.

A investigação, que já dura mais de um ano, revelou que o grupo lavava dinheiro para uma organização criminosa, o Comando Vermelho (CV). Brito explicou que o esquema envolvia a compra de bens de luxo, incluindo veículos de alto valor, como parte da estratégia de lavagem de dinheiro.

Por fim, a delegada comparou os atuais jogos eletrônicos com o antigo jogo do bicho, muito popular nas décadas passadas, destacando que os novos métodos envolvem a influência digital para atrair mais vítimas.