Conta de luz voltará a ficar mais cara em março


De acordo com informações divulgadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), nesta sexta-feira (24),  as contas de luz terão bandeira tarifária amarela no mês de março, com custo de R$ 2 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos.

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Segundo a agência, a previsão das vazões que chegam aos reservatórios das hidrelétricas ficou mais baixa do que o esperado, o que levou à indicação de maior geração termelétrica.

No último dia 14, a Aneel aprovou novos valores a serem aplicados nas bandeiras que indicam os níveis de consumo. A amarela passou de R$ 1,50 para R$ 2 a cada 100 kWh consumidos. A vermelha patamar 1 ficou inalterada, em R$ 3 para cada 100 kWh, e a vermelha patamar 2 caiu de R$ 4,50 para R$ 3,50 a cada 100 kWh.

A bandeira tarifária de cor verde, que significa a inexistência de cobrança extra, ficou em vigor durante todo o mês de dezembro de 2016, enquanto em novembro ela foi amarela. Segundo a ANEEL, o que determinou a volta da bandeira para o patamar verde foi a condição hidrológica mais favorável, o que subiu o nível dos reservatórios de hidrelétricas e permitiu o desligamento das usinas termelétricas, mais caras.

Desde que foi implementado o sistema de bandeiras tarifárias, em janeiro de 2015, até fevereiro deste ano, a bandeira se manteve vermelha, primeiramente com cobrança de R$ 4,50 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos e, depois, com a bandeira vermelha patamar 1, que significa acréscimo de R$ 3,00 a cada 100 kWh. Em março, passou para amarela, com custo extra de R$ 1,50 a cada 100 kWh, e de abril a outubro ficou verde, sem cobrança extra.

O consumo de energia em 2016 se manteve estável em relação a 2015, segundo a agencia. A carga de energia no último ano totalizou  64.636 megawatts médio (MWmédio). Em 2015, o consumo de energia elétrica no país caiu 1,8% em comparação a 2014. A estagnação do consumo de energia é atribuída à recessão econômica.

Segundo o diretor-geral da ANEEL, não há risco de desabastecimento de energia para todas as regiões do país pelos próximos cinco anos e a expansão da geração elétrica soma 9.130 MW até novembro deste ano.