O sucesso do grupo de pagode Pagodart por muito tempo foi acompanhado por um grito que virou marca registrada em suas apresentações. O intenso e duradouro “Pagodaaaaaaaaaaarrteeeee” era impulsionado pelos pulmões vigorosos do operador de luz “Babu”, que também fez chamadas para outras bandas como A Bronkka, Saiddy Bamba, Oz Bambaz, Psirico e Gente da Gente, primeiro grupo do homem de frente do Harmonia do Samba, Xanddy. “Participei também de um show do Belo, vestido de lutador de sumô”, lembra aos risos.
Porém, apesar de ser figura carimbada no cenário do pagode em Salvador, a atual realidade de Luciano Miranda da Silva, o Babu, de 42 anos, está distante do clima festivo de antes, quando era badalado por artistas e fãs do gênero. Pesando 220kg, com diagnóstico de obesidade mórbida, o homem que tanto alegrou eventos precisa ser internado em um spa para perder de 32 a 40kg e poder ser submetido a uma cirurgia bariátrica.
A orientação médica foi determinada em outubro de 2015, quando Babu ficou internado por 15 dias no Hospital Geral Roberto Santos, no Cabula. “Pensei que pudesse perder peso em casa, mas o médico disse que meu caso era mórbido e eu precisaria me internar [em um spa]”, explica. Sem dinheiro para arcar com os custos de uma internação, Babu apela por ajuda. “Já fiz tanta gente sorrir, tanta gente ser aplaudida, queria agora que as pessoas me retribuíssem de alguma forma. É um apelo de quem quer viver mais um pouco”, pede.
Sem esconder mágoas, Babu lamenta o afastamento de alguns artistas. “O pessoal do Pagodart me deu as costas”, afirma. Segundo ele, quando o grupo Os Barões foi formado, a equipe acompanhou a nova empreitada, no entanto, com o ganho de força do Pagodart, integrantes como Babu foram deixados de lado.
Atualmente, Badu mora com uma tia no bairro da Federação e sua única renda vem de um trabalho como motorista auxiliar.
Bocaonews
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