Clima tenso na Câmara por causa do SAC de Simões Filho gera acusações, discussão e bate-boca entre os vereadores


As obras de conclusão para a implantação do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) voltou a gerar conflito entre os parlamentares na sessão ordinária desta terça-feira (03).

Durante a palavra franqueada, o vereador e líder da oposição na Casa Legislativa, Sandro Moreira levou à tribuna um impasse que, segundo ele, se classifica como perseguição política. De acordo com Sandro, a prefeitura está segurando a renovação do alvará para finalização das obras do SAC, no intuito de impedir que o governador Rui Costa cumpra com a promessa feita durante a assinatura da ordem de serviço para construção da policlínica, no mês passado.

“O prefeito não quer que o governador cumpra com o que ele estabeleceu no dia da assinatura da ordem de serviço da policlínica regional. Esse é o meu entendimento e eu estou sendo sensato neste entendimento, porque não tem nenhum óbice (empecilho)”, disse Sandro na tribuna.

Ainda de acordo com o parlamentar, em contato com o secretário de Meio Ambiente, Elias Melo, o chefe da pasta alegou que a suspensão do alvará está ligada as vagas de estacionamento do local, que acaba inviabilizando a implantação do órgão naquele prédio. Sandro considera que a justificativa do secretário é apenas uma desculpa para não liberar o alvará.

As colocações de Moreira em plena tribuna geraram uma discussão generalizada envolvendo diversos edis, que contestaram a versão do líder da oposição e defenderam o prefeito Diógenes Tolentino.

Após a sessão, o vereador ainda bastante irritado declarou que se trata de “populismo” e disse que a população simõesfilhense merece respeito e valorização.

“Eu gostaria de registrar que nós temos que valorizar o nosso povo simõesfilhense e respeitar e não fazer populismo. A vinda do SAC não é um benefício para o vereador Sandro Moreira, é um benefício para a população de Simões Filho e o prefeito está procrastinando, está prejudicando a conclusão do SAC”, afirmou Sandro.

Ainda segundo o edil, existem inúmero ofícios protocolados por ele junto a prefeitura solicitando explicações sobre a liberação da renovação do alvará, mas até agora nenhuma resposta foi dada.

 “Se existe uma renovação de alvará para ser liberada e não foi liberada ainda alegando estacionamento, isso deveria ter sido visto antes. A superintendência do SAC na Bahia já esteve aqui e liberou o SAC pra ser construído e porque agora está obstruindo a conclusão do SAC?”, indagou ele.

Também em entrevista a imprensa local, o vereador Eri Costa, um dos que bateu de frente com Sandro e questionou o posicionamento do edil, defendeu que não considera o local destinado ao SAC apropriado para receber o órgão e disse que o oposicionista está tentando inverter o caso.

“Eu estou achando que ele está tentando inverter uma coisa que está clara aí. O governador não prometeu agora não gente, ele prometeu quando ainda era candidato, agora chega na situação que está aí, que para Simões Filho tem que ser o pior, sem estacionamento? Não tem condições, está fora dos padrões. Por que para Simões Filho tem que ser dessa forma?”, disse Eri.

Eri ainda declarou que tanto o governo como o líder da oposição estão querendo criar obstáculo para dizer que o município está emperrando a obra, e assim transferir a responsabilidade.

“Isso na verdade é querer subestimar a inteligência das pessoas de Simões Filho, querendo atribuir uma culpa que é do governador, que é do ex-gestor e que acaba transferindo uma culpa que é notória e que é deles, para nossa gestão”, completou Eri.

O edil concluiu dizendo que, se Rui Costa tem boa intenção para com o município, ele tem que cumprir também as outras promessas de campanha como, o polo da Universidade Estadual (UNEB) e a reforma do Mercado Municipal.