A saúde pública do município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) é uma das principais reivindicações da população local, especialmente no que se refere à falta de estrutura em realização de exames de alta complexidade e à Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Em entrevista ao programa Bahia no Ar, na manhã desta segunda-feira (08), a secretária de Saúde, Dr. Maria Betânia falou sobre o seu primeiro ano de gestão a frente da pasta e suas principais expectativas para 2018.
De acordo com a médica, os seus 12 primeiros meses de gestão não foram fáceis, especialmente por causa do atraso no processo de licitação para a aquisição de medicamentos, que segundo ela, só terminou no último mês de outubro.
Embora reconheça que a falta de medicamentos foi um dos motivos que mais renderam críticas a sua gestão, disse que hoje, o maior empecilho da pasta é a Central de Regulação do Governo do Estado.
“A gente sabe que a dificuldade de vagas é muito grande, mas, a Central de Regulação do Estado hoje é o nosso grande empecilho. Inclusive eu tenho comigo uma estatística dos pacientes que a gente coloca na regulação e que agente não consegue resolver”.
Para tentar minimizar as demandas da regulação de agora em diante, Betânia revelou o projeto de fazer no Hospital Municipal uma sala, que servirá como apoio para os pacientes regulados. Ela explica que o Hospital ainda não tem condições de ter uma UTI, porque antes, teria que ser instalada uma unidade de Terapia Semi Intensiva.
“Nós vamos colocar uma sala com todos os equipamentos, com profissionais, que vai ser uma sala de suporte para que a gente possa postergar essa vida, otimizar esta vida e colocar os pacientes em um local com condições técnicas melhores”, afirmou ela.
Também será implantado um Centro de Imagem, conforme divulgado anteriormente pelo prefeito Diógenes Tolentino com a aquisição de um tomógrafo, um raio X digitalizado e ultrassonografia para atender casos específicos como Acidente Vascular Cerebral (AVC) e outras patologias.
“Para o paciente fazer um diagnóstico preciso ele tem que tomografar. Quando ele sai do município e vai pra outro lugar ele passa por turbulência, porque nossos asfaltos não são bons, então, ele vai ali sujeito a piorar seu quadro clínico. Isso vai ser muito importante para a qualidade do paciente que precisa de regulação, que é um dos nossos maiores problemas”, salientou.
Soube as críticas, Betânia ressaltou que “por mais que se faça, muitos ainda estarão insatisfeitos” e disse que a saúde municipal já evoluiu muito, tendo em vista intervenções como: a implantação do cartório, a sala de vacinação, teste do olhinho e humanização da rede cegonha , além da implantação do projeto de testes da vacina da dengue em parceria com a Fio Cruz e o Instituto Butantã, a partir deste mês.
Já no que se refere ao seu relacionamento com o prefeito Diógenes Tolentino, ela enfatizou que tem uma “excelente relação de amizade e que é projeto da gestão fazer uma saúde melhor, mais digna e com qualidade”.
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